Hoje o Acre protagonizou um marco na educação pública: o governo realizou, na manhã desta sexta-feira, 31, no Teatro Plácido de Castro, a aula inaugural das primeiras sete escolas de Rio Branco que irão oferecer ensino público de regime integral a quase quatro mil alunos. O investimento é de R$ 28 milhões e as aulas iniciam-se na próxima segunda-feira, 3.
“Uma linda página de futuro está sendo aberta hoje. É a geração de oportunidades, pois os jovens vão construir, a partir desse modelo de ensino, o seu plano de vida. O Acre é o único estado da Amazônia que tomou essa decisão para que os alunos entrem às sete e meia da manhã e saiam às cinco horas da tarde, tendo três refeições diárias, para avançarem na construção do seu futuro”, destacou Tião Viana.
Estiveram presentes, o senador Jorge Viana, a vice-governadora Nazareth Araújo, os deputados federais, Moisés Diniz, Leo de Brito e Raimundo Angelim, e os deputados estaduais Daniel Zen e Lourival Marques. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Idilvam Alencar, e a representante do Instituto Natura Bianca Miguel também vieram ao Acre para prestigiar o momento.
Ao todo, sete escolas passam a ter tempo integral no ensino médio: Armando Nogueira, Glória Perez, Instituto de Educação Lourenço Filho (IELF), José Ribamar Batista (Ejorb), Sebastião Pedrosa, Humberto Soares e Boa União.
O senador Jorge Viana disse que o novo modelo explana a evolução educacional no Acre. “Isso aqui representa mudança na vida das pessoas. Aqui vocês terão a oportunidade de desenvolver a própria competência. Escola integral é mais ensino e educação. É preparar as pessoas para vencerem desafios na vida. Com essa escola vamos formar os jovens que vão nos suceder no futuro”, disse o senador.
A Escola Jovem
Para o secretário de Educação, Marco Brandão, o ensino integral representa um novo tempo para a educação pública acreana: a Escola Jovem que traz a identidade do aluno acreano. “Essa é a escola jovem, que tem a identidade dos nossos jovens do século XXI, que são multifuncionais, que evoluíram nas atividades. Aqui ele é nosso protagonista e participa do processo de construção do conhecimento”, disse Brandão.
A Abigail Souza foi aluna do ensino público integral em Olinda, Pernambuco, e esteve na aula inaugural para compartilhar sua experiência com os estudantes.
“Esse projeto tem um aprendizado diferenciado, essa é a principal característica do novo modelo. No ensino integral, minha irmã e eu desenvolvemos diversos projetos na área de pesquisa, com destaque na robótica que rendeu ao meu grupo, uma premiação regional. A escola integral é um ambiente de oportunidades”, conta.
Parceria na construção de um sonho
Brandão destacou que, para o governo do Acre chegar à consolidação deste momento, contou com a parceria de diversos colaborados, como os institutos de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), Natura e Sonho Grande, que ajudaram na realização deste sonho.
“O Natura tem essa parceria com as escolas integrais em dois estados: Espírito Santo e agora o Acre. Incentivamos a participação das comunidades nas escolas, bem como a articulação com as escolas e os jovens. Desejo força, coragem e sabedoria nessa nova empreitada”, disse a representante do Natura, Bianca Miguel.
Idilvam Alencar do Consed fez uma explanação aos alunos e destacou a importância da evolução do ensino público na preparação do ambiente para as futuras gerações. “É a geração da oportunidade, do ensino e do conhecimento. Parabéns ao governo do Acre por essa iniciativa tão ousada”.
A revolução do ensino público acreano
Além da reforma e adequação dos espaços, a SEE também realizou a formação continuada de professores, coordenadores e gestores para garantir a qualidade do ensino. Para 2018, a meta do governo do Estado é ampliar esse modelo em pelo menos mais cinco regionais, estendendo para o ensino fundamental e a zona rural.
Representando os diretores das escolas de ensino integral, Mauro Sérgio Moura, da escola Sebastião Pedrosa falou em nome dos diretores. “Isto é um marco na educação pública acreana. Em nome dessas sete escolas, afirmo que temos a missão de fazer esse projeto seguir adiante. E caminharemos juntos para que vocês, alunos, tenham um futuro de sucesso”.
Kimberley Bernardo Prudêncio é aluna do segundo ano da escola Sebastião Pedrosa. Ela conta que o modelo inovador será revolucionário. “Estou cheia de boas expectativas, porque isso é indiscutivelmente uma forma melhor de aprendizado. Vai aumentar nosso desenvolvimento. Fazendo com que a gente fique mais autoconfiante, o que ajuda na formação e no conhecimento”, disse a aluna.