Escadas de acesso a plataformas de observação de aves são instaladas no Parque Chandless

A escada dá acesso para as duas plataformas que estão a 28,5 metros de altura (Foto: Mack Willis)

Com 28,5 metros de altura, as duas plataformas instaladas no alto das árvores do Parque Chandless ganharam escadas de acesso. A iniciativa do governo do Estado, por meio das Secretarias de Turismo e Lazer (Setul) e de Meio Ambiente (Sema), visa dispor aos pesquisadores e observadores de aves um espaço com vista privilegiada para o local.

As estruturas dão visão parcial do Rio Chandless e total da vegetação ao redor, além da visibilidade para as zonas baixas dos pequenos igarapés da região.

“As plataformas não foram construídas somente para a observação de aves, mas sim para outras atividades de pesquisa, como a coleta de morcegos em dossel. Nosso objetivo principal aqui no momento é o turismo técnico-científico, e consequentemente a atividade de birdwatching [observação de pássaros], que é o grande potencial do parque”, afirma o técnico da Setul, Mack Willis.

Explica, ainda, que membros da comunidade local e do Batalhão Ambiental, que se encontravam em atividade de fiscalização e educação ambiental, foram os primeiros a testar a estrutura.

“Agora faltam apenas alguns estudos que faremos referentes ao número de aves que se pode observar das plataformas, em solo nos módulos de pesquisa e nos barreiros nas margens dos rios. Este trabalho já está sendo executado pelo gestor da unidade, Jesus Rodrigues, pelo especialista em aves, Ricardo Plácido, e por mim”, conta Willis.

Segundo a coordenadora do departamento de Áreas Protegidas e Biodiversidade da Sema, Cristina Lacerda, o governo ainda ofereceu cursos para capacitação da comunidade do Chandless: “Eles tiveram oficinas sobre governança, de hospitalidade, de como trabalhar com cooperativismo e também um específico sobre as plataformas. Nossa ideia é que o turismo de base comunitária seja cada vez mais forte, que eles possam gerenciar tudo e gerar renda a partir disso”.

Fortalecendo o ecoturismo

Para Ricardo Plácido, a plataforma é pioneira no Brasil e irá resolver a problemática de um espaço que é possível observar espécies que vivem em camadas superiores da floresta. “O Acre é um estado muito requisitado no roteiro nacional, principalmente por termos uma infinidade de espécies a serem descobertas. Esperamos que a estrutura dê um upgrade na atividade de observação, pois já somos o top 5 do país de locais procurados pelos especialistas na área”, afirma o observador de aves.

Mais sobre o Parque Chandless

Parque Estadual do Chandless é um dos lugares mais preservados e bonitos do Acre (Foto: Arquivo Secom)

O Parque Chandless está localizado entre os municípios de Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus, e conta com uma das áreas mais ricas em biodiversidade, além de ter um patrimônio genético com a presença de espécies endêmicas e ameaçadas de extinção.

Estudos estão sendo feitos, para que, futuramente, vire mais um ponto de ecoturismo no Acre. A ideia é que lá seja mais uma opção de turismo de base comunitária.

O espaço foi criado por meio do decreto nº 10.670, que instituiu o parque como responsabilidade do Estado. Segundo registros, há mais de 1.374 espécies de animais no local, em uma área que contempla 690 mil hectares, o que equivale a 4% de todo o território acreano.

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