Equipes da Sehab iniciam visitas aos municípios atingidos pela alagação

A aposentada Eduarda Pires será uma das contempladas com uma casa em Brasileia (Foto: Fabiana Matos)
A aposentada Eduarda Pires será uma das contempladas com uma casa em Brasileia (Foto: Fabiana Matos)

A Secretaria de Estado de Habitação (Sehab) iniciou nesta quarta-feira, 27, visita às cidades do Alto Acre atingidas pela enchente do Rio Acre este ano. O objetivo é identificar as famílias que tiveram suas casas atingidas para que sejam atendidas com novas moradias por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, que prevê a construção de mil unidades habitacionais, sendo 500 em Brasileia, 250 em Epitaciolândia e 250 em Xapuri.

Acompanhado das equipes de assistentes sociais e de engenheiros civis, o secretário de Habitação, Jamyl Asfury, esteve nos três municípios, verificando de perto o mapeamento das casas atingidas. “Por orientação do governador Tião Viana, estamos conferindo in loco as famílias que tiveram suas casas atingidas para, assim, oferecermos a elas o mínimo de conforto com a construção das novas unidades habitacionais”, frisou.

Em Xapuri a equipe conversou com o aposentado Francisco Conde. Emocionado, ele relatou que em seus 70 anos de vida foi a primeira vez que teve que abandonar sua casa. “Foi assustador. Em questão de minutos a gente perde tudo. Não tivemos tempo de salvar nada. Muito triste”, lembrou.

Assim como o aposentado, outras 350 famílias de Xapuri tiveram suas residências atingidas pela cheia do Rio Acre. Nessas localidades, as primeiras famílias que serão beneficiadas com as unidades habitacionais são aquelas que residem nas áreas mais baixas das cidades, as primeiras atingidas pela água.

Hora da mudança

Nas visitas a Epitaciolândia e Brasileia a situação não é diferente de Xapuri. Dezenas de famílias relatam o mesmo: o desejo de sair de onde estão morando para um local onde as águas do Rio Acre não as alcancem no período da cheia.

Moradores contaram suas histórias para equipe da Sehab (Foto: Fabiana Matos)
Moradores contaram suas histórias durante visita de equipe da Sehab (Foto: Fabiana Matos)

Apesar de ter tido sua casa atingida pela enchente, a aposentada Eduarda Pires, 87 anos, de Brasileia, recebeu a equipe da Sehab com um sorriso. “Tenho certeza de que vocês estão me trazendo boas notícias. Apesar de amar minha casa e a paisagem do rio que nos rodeia há mais de 50 anos, sei que chegou a hora de partir para outro local”, declarou.

Em Brasileia e Epitaciolândia mais de 2.500 famílias foram atingidas pela alagação. Para o coordenador Social da Sehab, Marcos Huck, o levantamento de interesse habitacional das famílias atingidas é o primeiro passo para o inicio do processo de construção das mil casas na região. “A ideia é amenizar um pouco o sofrimento dessas famílias.”

Sena Madureira e Tarauacá são as próximas cidades beneficiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida, com 200 e mil casas, respectivamente. As informações colhidas serão encaminhadas aos ministérios das Cidades e da Integração Nacional, em Brasília.

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