Uma força-tarefa das áreas de Defesa Vegetal dos Estados, incluindo o Acre por meio do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC), está sendo iniciada para que a Monilíase do Cacaueiro, doença que afeta frutos do cacau e cupuaçu, não atravesse as fronteiras do país.
Os primeiros passos efetivos dessa ação foram dados nesta segunda-feira, 19, na abertura do Curso de Emergência Fitossanitária em Monilíase do Cacaueiro, realizado em Porto Velho (RO).
Seis técnicos do Idaf do Acre participarão, durante 10 dias, da qualificação que também reúne equipes da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ainda, técnicos dos Estados de Mato Grosso, Pará, Paraná, Bahia e do Peru.
O diretor-presidente do Idaf/AC, Ronaldo Queiróz, participou da abertura do curso e destacou a importância do trabalho unificado entre Estados e governo federal no combate a monilíase.
Queiróz destacou que a equipe do Idaf/AC fez o alerta sobre a doença após uma visita dos técnicos ao órgão de fiscalização vegetal na Bolívia. “Em 2016, a praga estava há 50 quilômetros da cidade de Brasileia”, frisou o presidente.
O presidente do Idaf afirmou que o governo do Estado está preocupado com o risco iminente da entrada da praga no território brasileiro pelas fronteiras do Acre. “Nossas equipes estão fazendo o possível no trabalho de fiscalização das barreiras. Mas, há a preocupação. O governo atua para que essa doença não chegue ao Brasil. Com essa qualificação as equipes saem mais fortalecidas e preparadas para atuar preventivamente e, se necessário, no combate à monilíase”, disse Queiróz.
Parceria firme
Anselmo de Jesus, presidente da Agência Idaron, agradeceu a presença da equipe do Acre e assegurou que a parceria com o Idaf/AC seguirá em mais essa atividade na defesa sanitária e vegetal. O gestor lembrou que a Idaron e o Instituto do Acre também atuam juntos na ação de retirada da vacinação de febre aftosa.
“Temos que dar as mãos para que a gente possa proteger a nossa lavoura cacaueira e que está correndo risco. Temos que nos proteger dessa praga que já está perto da fronteira do Acre com a Bolívia e nos preocupa porque também temos uma extensa área de fronteira com esse país”, declarou Anselmo de Jesus.
O presidente da Idaron declarou que acredita no potencial e no trabalho dos técnicos que estão participando da qualificação na defesa para evitar que a monilíase do cacaueiro atinja os plantios da região.
Atuação com eficiência
A gerente do Departamento de Defesa Vegetal do Idaf, Joelma Pais, participa da qualificação em Rondônia e salienta que além de aprender as metodologias para debelar uma possível entrada da monilíase no Acre, a equipe que está em Rondônia vai repassar os conhecimentos adquiridos na qualificação para outros técnicos do Estado, tanto do Idaf, quanto de outras secretarias de governo, como, por exemplo, Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), que atuam diretamente com a área de produção.
“É uma emergência econômica para o Acre e para o Brasil, portanto é fundamental as nossas equipes estarem preparadas para debelar essa doença. No Acre, o cupuaçu tem importância reconhecida na agricultura familiar. Foi um esforço do governador Tião Viana e do Idaf nos enviar para a qualificação”, concluiu a gerente.
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