Entrega da Ordem do Mérito Cultural Acreano será promovida neste sábado

Em comemoração ao Dia Nacional da Cultura, será realizado neste sábado, 5, a entrega da Comenda da Ordem do Mérito Cultural Acreano para quatro personalidades da área, por suas contribuições ao estado. O evento será na Usina de Arte João Donato, a partir das 20h, e é promovido pela Fundação Elias Mansour (FEM) e do Conselho Estadual de Cultura (ConCultura).

Os homenageados serão a cantora e compositora xapuriense Nazaré Pereira, o colecionador de artes Chagas Freitas, e, em memória, o músico e poeta Raimundo Nonato da Silva, o “Raimundinho”, e o também músico e ayahuasqueiro Mestre Antônio Pedro.

De acordo com a diretora-presidente da FEM, Karla Martins, a entrega da Ordem é uma forma de homenagear aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a difusão e fortalecimento da cultura tanto no Acre quanto mundo afora.

“Cada um dos homenageados é responsável, em sua área de atuação, por ações que fomentam a cultura e a prática educativa da arte. Esta é uma forma de reconhecer esses cidadãos por suas contribuições na área artística”, ressalta.

A entrega da Ordem do Mérito Cultural Acreano é promovida desde 2011, em uma iniciativa da ConCultura.

Perfil dos homenageados

Nazaré Pereira

(Foto: Internet)
(Foto: Internet)

Filha de seringueiro, Maria de Nazaré Pereira nasceu em Xapuri, em 1940. Aos sete anos de idade, mudou-se para Belém do Pará e, futuramente, para o Rio de Janeiro, onde se formou como atriz e diretora de teatro. Morou também em Portugal e atualmente vive em Paris, na França.

Lançou 17 discos ao longo da sua carreira, entre eles estão “Nazaré”, “Amazônia”, “Natureza”, “Ver-o-Peso”, e o último, “Brasil-Forró”.

Chagas Freitas

(Foto: Internet)
(Foto: Henrique Luiz/Internet)

Nascido em Tarauacá em 1955, Francisco Chagas Freitas viveu boa parte da infância no Seringal Itamaraty, no Rio Murú. Em 1984, foi para Berlim (Alemanha) trabalhar como Adido Cultural na Embaixada Brasileira.

Por meio do intercâmbio com a Alemanha, conseguiu com que grandes desenhos do artista Max Uhlig fossem mostrados na Bienal de São Paulo, em 1991. Atualmente, sua coleção inclui mais de 1.000 pinturas, esculturas, desenhos, gravuras e fotografias.

Raimundo Nonato (em memória) 

(Foto: Internet)
(Foto: Internet)

Raimundo Nonato da Silva era poeta, músico, compositor, professor e membro da Academia dos Poetas Acreanos (APA).

Começou a escrever aos 50 anos de idade, tendo publicado, em 2006, seu primeiro livro, intitulado “As Curvas do Rio da Vida” e, em 2014, a obra “Sonhar, Voar, Viajar”.

Além disso, recebeu premiações de concursos internacionais, nacionais e estaduais. Faleceu em 21 de setembro de 2016.

Mestre Antônio Pedro (em memória) 

(Foto: Arquivo Secom)
(Foto: Arquivo Secom)

Antônio José da Silva, conhecido como Mestre Antonio Pedro, nasceu em Feijó em 1941, e foi criado em diversos seringais do Rio Envira.

Foi introduzido à ayahuasca ainda criança, e, aos 13 anos, já sabendo tocar harmônica, violão e cavaquinho, compôs sua primeira canção por meio da bebida sagrada.

Lançou os discos “Passo da Natureza”, “Baile do Seringueiro” e “Baque do Acre”, volume 1 e 2. Sua carreira inspirou a formação do coletivo rede Banzeiro, que atua produzindo carnaval dos mestres, o Terreiro Antônio Pedro, além de promoção de intercâmbio espiritual com diversas etnias, chegando, ainda, na academia como uma das balizas do Simpósio Linguagens e Identidade da Universidade Federal do Acre (Ufac), em 2015. Faleceu em 26 de setembro de 2016.

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