Entre 30 e 40 mil hectares de terra estão disponíveis para os produtores interessados no plantio de soja no Acre. Nesta sexta-feira, 27, o governador Tião Viana recebeu a visita de um grupo de empresários com experiência no ramo, interessados em investir na cultura no estado.
O solo e a abundância de chuvas são apenas dois indicadores de que a soja pode encontrar no Acre um terreno fértil para ser explorado. E foi com o intuito de descobrir todas as variáveis – positivas e negativas – desse negócio que os empresários aqui desembarcaram. Além de percorrer algumas áreas de terra e conversar com produtores rurais, eles se reuniram com o governador Tião Viana, que garantiu apoio a quem apostar no estado para o plantio de soja.
“O Acre é um estado com seu Zoneamento Ecológico Econômico definido e não precisamos derrubar nenhuma árvore para plantar soja. No próximo ano deveremos ter uma renda de R$ 1 bilhão com o peixe e, nos próximos três ou quatro anos, R$ 1 bilhão com a suinocultura. Temos entre 30 e 40 mil hectares para o plantio de soja e toda a produção deve ser consumida no mercado interno. Se houver excedente, estamos ao lado do Peru, que consome do México e da costa oeste americana, e pode consumir do Acre”, disse o governador Tião Viana.
O empresário Marcos Lázaro, um dos grandes produtores de soja no país, tem know-how tanto no plantio de soja quanto no preparo da semente. “O Acre nos despertou interesse, pois estamos procurando novos mercados para expandir e o preço da terra lá pra fora ficou inviável. Viemos conhecer o estado, que é rico em chuvas e isso é um fator importante. Vamos estudar tanto as áreas quanto as condições para deslocar a logística de produção para cá”, comentou.
O produtor e engenheiro agrônomo Edinaldo Correia acredita que o estado tenha condições para a produção em termos de solo e chuvas, mas avalia que é necessário estudar a fundo a logística que a soja requer: transporte de insumos e escoamento da produção, por exemplo. “A soja é um mercado em expansão e acredito que o plantio seja viável, embora algumas situações precisem ser observadas, como o valor do transporte do calcário para a correção de solo, por exemplo”, disse.
Vanderlei Oliveira, especialista no mercado de soja, também acompanha a comitiva de empresários para avaliar as condições de mercado, escoamento e outras relações comerciais.