O governador Tião Viana se reuniu, na Casa Civil, nesta sexta-feira, 25, com os representantes do grupo empresarial Lemgruber, pioneiro no país na industrialização de látex de borracha natural para a produção de luvas cirúrgicas e de procedimentos. A equipe veio ao Acre para conhecer a fábrica de preservativos masculinos (Natex), e o projeto que o governo desenvolve por meio de parcerias no ramo de produção do látex.
A reunião foi sobre a prospecção de investimentos no Acre, que pode resultar numa parceria para a instalação de uma indústria produtora de luvas no estado.
“A convite da Natex viemos conhecer a fábrica e toda a proposta nos atrai por ser muito revolucionária em nível de conceito. Conhecemos os seringais nativos para termos uma ideia de como integrar isso ao projeto, uma vez que nosso consumo de látex é bastante superior ao de preservativos”, conta o diretor-presidente da Lemgruber, Alexandre Portugal.
O empresário explica que a empresa faz uma avaliação cautelosa, pois a luva representa quase 70% do custo industrial, e todos os artigos de látex necessitam muito desse aspecto do seringueiro como uma fonte importante de suprimento.
“O Acre traz esse apelo de forma genuína, e a gente pode capitalizar isso num processo. A nossa impressão inicial sobre o projeto é muito boa, pois parece que as pessoas estão bastante mobilizadas e ativas em buscar desenvolvimento, o que demonstra a garantia de resultados importantes em médio prazo”, conclui Portugal.
O governador Tião Viana afirma que quer avançar no projeto de produção de luvas para o Acre, baseado num modelo de parceria pública-privada comunitária, e que garante a participação da cooperativa dos extrativistas no empreendimento, a fim de que se tenha um modelo de desenvolvimento de sustentabilidade que envolva os aspectos econômicos, sociais e ambientais.
“Apostamos nisso: conhecimento, sustentabilidade, economia de ponta. Isso nos dá suporte para o futuro”, afirma o governador.
Complexo Industrial de produtos para a Saúde
A diretora da Natex, Dirlei Bersch, e o diretor-presidente da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac), Abib de Araújo, explicam que a ideia é que o local onde está instalada a empresa de preservativos se transforme num complexo industrial de produtos para a rede de saúde, onde se possa produzir luvas, preservativos femininos e ampliar a linha de produção dos preservativos masculinos, a fim de atingir novos mercados com linhas comerciais.
“O objetivo é mostrar ao público o que a gente está fazendo na Amazônia, que é manter a floresta em pé, promovendo o extrativismo do látex, da borracha natural da borracha nativa. A política ambiental de preservação e valorização da floresta é um dos objetivos desse complexo industrial”, explica a diretora.