Empreendedora muda vida através do pequeno negócio

Em uma casa simples localizada na periferia de Rio Branco, existe um ateliê que é especializado em confeccionar jalecos e pijamas para enfermeiros, médicos e profissionais que trabalham na rede hospitalar. A costureira Maria do Perpétuo Socorro, tira o sustento da família por meio desse trabalho.

Por meio de equipamentos doados pelo governo, costureira tem como fonte de renda o oficio criar roupas hospitalares (Fotos: Kennedy Santos/Secom)

Recentemente beneficiada com duas máquinas através da Secretaria de Estado de Pequenos Negócios (SEPN), Maria do Socorro pôde mudar de vida e ganhar dinheiro, sendo a sua fonte principal e única de renda, a costura.

Ao ser contemplada com equipamentos de última geração, uma máquina de bordados e outra de costura, pelo programa governamental “Aqui Tem Pequenos Negócios”, Maria do Socorro buscou se especializar em confeccionar roupas hospitalares.

Como tudo começou

A costureira, que é natural de Cruzeiro do Sul, comenta o início de profissão, as dificuldades e desafios.

“Há 20 anos, quando vim para Rio Branco, trabalhei em uma malharia, mas como tenho filho que sofre de epilepsia, e necessitava de cuidados, não conseguia conciliar a profissão com os cuidados necessários, pois ele necessitava de mim”, contou Maria Socorro.

A costureira comenta que teve que deixar o trabalho para dar uma atenção maior ao seu filho, foi aí que as necessidades financeiras apertaram. “Solteira e com filho doente para criar, tive que me desdobrar e inventar algo que pudesse ganhar dinheiro para pagar as contas e comprar comida”, lembrou.

“Fazer então o quê, se eu só sabia costurar? Foi então que comecei a realizar pequenos reparos em roupas e lençóis parar ganhar o meu sustento e de meu filho, mas meu sonho era continuar nessa profissão, porém produzindo minhas próprias roupas”, disse Maria Socorro.

Momento da mudança de vida

O dinheiro que ganhava não dava para investir em máquinas novas que possibilitam uma costura bem detalhada e caprichada, foi então que a empreendedora ao conhecer o programa de pequenos negócios, pela televisão, resolveu se inscrever para participar do curso profissionalizante de corte e costura e, consequentemente, ganhar os equipamentos.

“Hoje, conto com máquinas modernas que não afetam a saúde, pois são silenciosas. Se fosse comprar esses equipamentos, sairiam em torno de R$ 7 mil”, explicou a costureira.

Para proporcionar o diferencial, Maria do Socorro, vai até seus clientes para oferecer seus serviços. “Faço o meu horário, quando não estou produzindo uma peça de roupa, vou até os hospitais oferecer meus trabalhos e ali já saem às encomendas para uma nova produção”, destacou.

Exemplo a ser seguido

A costureira agradece a Deus por conseguir vencer, a toda a equipe dos Pequenos Negócios pelas instruções profissionalizantes que recebeu e ao governo do Estado por doar essas maquinas, pois é através delas tira sua fonte de renda.

“Deixo uma mensagem de superação, a cada dia eu venho lutando para enfrentar as dificuldades que aparecem em minha vida, de certa forma consegui vencer, pois hoje me sinto digna e tenho prazer no que faço, então não desistam dos seus sonhos”, finaliza Maria Perpétua do Socorro.

Priorizando os pequenos empreendedores

Governo já beneficiou mais de mais de 28 mil famílias com o programa de pequenos negócios (Foto: Val Fernandes)

Criada em 2011 pelo governador Tião Viana, a SEPN tem a missão de gerar oportunidades de trabalho e incluir socialmente as famílias do Acre em projetos de geração de renda.

De acordo com o secretário de Pequenos Negócios, Henry Nogueira, além de movimentar a economia, os empreendimentos que têm surgido a partir de pequenos negócios são um instrumento de transformação social no Acre.

Nogueira ressalta ainda que a meta do programa Pequenos Negócios era alcançar 30 mil famílias com benefícios que vão desde o cadastro, capacitação e entrega de equipamentos à população beneficiada. “Em sete anos, Já atendemos mais de 28 mil famílias com o Programa de Apoio à Criação e Fomento em Economia Popular e Solidária, sendo um investimento que supera a marca de R$ 35 milhões”, enfatizou.

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