Em Brasília desde segunda-feira, 30, o diretor presidente do Depasa, Zenil Chaves, iniciou esta semana extensa agenda em busca de recursos para obras de saneamento no Acre.
A peregrinação começou pelo gabinete do senador líder da bancada acreana, Sérgio Petecão. Presentes à reunião com Petecão estavam o governador Gladson Cameli, o representante do governo do Acre em Brasília, Ricardo França, o chefe da Casa Civil, Ribamar Trindade e a secretária de Comunicação Silvânia Pinheiro.
Acompanhado pelo diretor de planejamento e obras do Depasa, Jamerson Lima, Zenil Chaves apresentou um panorama do atual sistema de abastecimento de água e esgotamento sanitário e destacou a necessidade de investimentos para ampliação e melhorias do sistema.
O documento apresentado aos parlamentares elenca um conjunto de 34 obras e a necessidade de um investimento de mais de R$ 300 milhões. “Nosso sistema completa hoje 20 anos, já opera no limite, e esse é o momento de investir. Se algo não for feito agora, a médio e longo prazo , corremos o risco de um colapso no sistema”, alertou o presidente do Depasa Zenil Chaves, ao apresentar ao líder de bancada acreana, o estudo que apresenta as obras para atender necessidades mais urgentes.
Tendo como ponto de partida a análise do plano diretor elaborado no ano 200o, o estudo realizado nos primeiros seis meses da gestão Gladson Cameli mostra que muitas intervenções previstas no plano vigente não foram executadas. Contando com a consultoria do engenheiro que elaborou o plano diretor, há 20 anos, o Depasa reuniu a equipe técnica, identificou o que estava previsto no plano hoje vigente, e não foi executado, e elencou as intervenções necessárias. “ Hoje a água lançada na rede não chega em alguns bairros, as grandes adutoras foram todas sangradas, o que faz perder pressão, e os pontos da ponta de rede passam a não ter mais pressurização para essa água chegar”, disse o diretor de planejamento e obras do Depasa, Jamerson Lima.
No que se refere a esgotamento, a situação é ainda amais delicada. Atualmente, há uma rede que foi ampliada, mas o esgoto não chega onde deveria chegar. Em alguns bairros da capital chega a estourar nas ruas ou retorna para as casas das pessoas. Em Rio Branco, 80% da rede está pronta, mas apenas 23% chega à estação de tratamento. Com um investimento de R$ 53 milhões, a capital já teria 80% do esgoto coletado e tratado.
Há necessidade de investimento no sistema de abastecimento de água es esgotamento. O plano do Depasa prioriza as cidades com maior número de habitantes como Rio Branco, Sena Madureira e Tarauacá, que somados que reúnem 70% da população% do estado.
Para os municípios menores, onde o abastecimento de água é melhor, há projetos em análise na Funasa e ações de esgotamento também já estão acontecendo. “Com as intervenções apontadas e apresentadas à bancada a gente passa a ter e efetividade no abastecimento de água e esgotamento sanitário ”, pontuou Jamerson Lima.
A emenda de bancada está em torno de $120 milhões. A necessidade do Acre é maior. O Depasa conta com o apoio dos parlamentares para intermediar a apresentação dos projetos aos órgãos financiadores e juntos possam somar esforços para a captação dos recursos necessários à execução das obras propostas pelo Depasa. O documento entregue aos parlamentares apresenta com detalhes qual o tipo de intervenção, qual a justificativa, bem como o montante de recurso aportado. “É o portfólio para que possamos correr atrás de recursos”, pontou Jamerson Lima.
Com o investimento proposto seria possível dar funcionalidade à rede que já existe para que o esgoto seja levado para onde deve ser, às estações de tratamento, sem chegar mais aos mananciais deixando de poluir rios e igarapés. Os indicadores de saúde, segurança cresceriam significativamente.
Receptivos, expressaram apoio à iniciativa o deputado federal Manuel Marcos, Jesus Sérgio, as senadora Jéssica Sales e e Mailza Gomes o senador Márcio Bittar. ” Vamos reunir todo esforço no sentido de ampliar nossa emenda para o Acre e também inserir a demanda no Orçamento Geral da União”, acenou positivamente, o senador Márcio Bittar.