Um projeto-piloto visa capacitar egressos dos sistemas penitenciário e socioeducativos do Acre para trabalharem na produção de biojoias. Intitulado Acre: Estado da Biojoia, o projeto está inserido nos programas Empreender para Crescer e Acre pela Vida, e conta com a parceria entre o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), a Secretaria de Estado de Empreendedorismo e Turismo (Seet), o Instituto Socioeducativo (ISE), a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Instituto Estadual de Educação Profissional e Tecnológica (Ieptec).
O foco do projeto é alcançar os egressos moradores da Cidade do Povo. No total, 72 pessoas serão capacitadas, divididas em seis turmas de 12 alunos. Eles receberão instruções de um mestre artesão, que os auxiliará no manejo das biojoias. Ao final do curso, uma exposição será realizada para apresentar o material produzido, bem como fomentar as vendas dos novos empreendedores.
Em um primeiro momento, as instituições proporcionarão uma palestra ao público interessado, com intuito de mobilizá-lo e incentivar o espírito empreendedor. A palestra será realizada na quarta, 25, na Escola de Gastronomia e Hospitalidade Maria Assis Felício, na Cidade do Povo, em Rio Branco.
O presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, destaca a importância da parceria entre as instituições, uma vez que visa alcançar, principalmente, os egressos, bem como os familiares que residem na região da Cidade do Povo.
“Essa parceria vai nos ajudar a reduzir o índice de reincidência criminal, no sentido de proporcionar a qualificação e inserir essas pessoas no mercado de trabalho. Isso demonstra a vontade do governo do Estado em alcançar essas pessoas, o que colabora diretamente com o processo de reintegração social das pessoas egressas do Sistema Prisional”, afirma o presidente.
A secretária de Empreendedorismo e Turismo, Eliane Sinhasique, explica que a ideia é transformar a Cidade do Povo num polo, com várias casas sendo fabriquetas de biojoias.
“A biojoia acreana tem visibilidade nacional e é uma das mais caras do Brasil. Tem demanda, muita gente quer e nós queremos ensinar essa economia criativa para os egressos do Sistema Prisional, para que eles possam se ocupar, ter renda, trabalhar com sua criatividade dentro da sua própria casa, com apoio de um mestre artesão acreano que já tem, inclusive, compra garantida para as peças que serão produzidas por essas pessoas que serão qualificadas”, ressalta.