Programa Asas da Florestania Infantil já incluiu 700 alunos no Ensino Fundamental
Criado em agosto de 2009, o Programa Asas da Florestania Infantil tem feito algo inédito em termos de educação brasileira: é o único projeto que fornece o acesso à educação em comunidades de difícil acesso na casa dos alunos. Uma ação inovadora realizada pelo Governo do Estado, em parceria com a Secretaria de Estado de Educação, Secretarias Municipais de Educação e Undime.
Como forma de avaliação e prestação de contas à sociedade, os coordenadores deste projeto realizaram nesta quarta-feira, 15, um encontro com todos os realizadores deste projeto para apresentar os resultados nos últimos anos. O evento foi realizado no anfiteatro Garibaldi Brasil, na Universidade Federal do Acre.
“Esta ação é uma forma de apresentar a sociedade um projeto de iniciativa exclusiva do nosso Estado, que demonstra mais uma vez a sua ousadia, através desta estratégia de locomoção e planejamento educacional para atender às crianças de 4 a 5 anos que moram em zonas rurais. Agora, o maior desafio é ampliar e fortalecer as políticas de acesso à educação”, explica a coordenadora do Programa Asas da Florestania Infantil, Francisca das Chagas.
Em 2009, o Asinhas, nome intimamente chamado pelos professores do programa, atendeu 1500 alunos, e em 2010, esse número aumentou para 1700 crianças e 181 agentes educacionais, que são responsáveis por levar educação de casa em casa, em locais onde crianças não têm condições de ir até a escola. “Participar desta luta tem sido um desafio para mim, a experiência de educar crianças tem se tornado uma lição de vida, porque estou convivendo com pessoas que se sentem isoladas não só geograficamente, mas se sentem carentes de conhecimento e atenção”, revela Madalena Angelus, que trabalha no Ramal Monte Alegre em Plácido de Castro como agente educacional, atendendo 10 crianças em domicílio.
Para o Diretor de Ensino da SEE, Josenir Calixto, uma das maiores ousadias desta ação tem sido a proposta pedagógica essencialmente elaborada para atender o público alvo de acordo com suas peculiaridades culturais. “Esta é uma política de atendimento que tem a cara e a cor da Amazônia. Levar educação aos locais mais longínquos tem sido uma tentativa de fazer do impossível o possível, transformando a realidade escolar de cada criança moradora de reservas extrativistas e assentamentos”, declara.
As atividades durante o evento foram coordenadas pelo Instituto Abaporu – responsável pela elaboração dos materiais pedagógicos utilizados no Programa e pelos técnicos da Coordenação Rural da SEE, que apresentaram os desafios a serem vencidos por toda a equipe em 2011.
Conheça um pouco as políticas de acesso desenvolvidas pela SEE
• Asas da Florestania Infantil – Oferta de educação infantil, com proposta pedagógica especificamente contextualizada – sequências didáticas, e atendimento domiciliar realizado pelo agente educador.
• Escola Ativa – Proposta universalizada e realizada em parceria com o MEC, para classes multisseriadas (1º ao 5º ano), com material pedagógico específico e metodologia diferenciada.
• Asas da Florestania Fundamental – Oferta de Ensino Fundamental (6º ao 9º ano), com proposta pedagógica contextualizada, caracterizada pela unidocência e atividades complementares – projetos associados às necessidades de cada comunidade.
• Asas da Florestania Médio – Oferta de Ensino Médio, com material pedagógico específico e contextualizado – sequências didáticas, oferece qualificação profissional de acordo com a vocação produtiva de cada comunidade. • Subprojetos escolares – PROACRE – Descentralização de recursos para as unidades escolares estaduais e municipais localizadas nas Zonas de Atendimento Prioritários – ZAP’s para aquisição de equipamentos, mobiliários e melhoria da estrutura física com serviços de manutenção, conservação e pequenos reparos.