Seminário estadual de políticas sobre drogas

Secretarias de Segurança Pública e de Saúde se unem para desenvolver ações de prevenção, controle e tratamento

As secretarias de Estado de Segurança Pública e de Saúde realizam durante toda esta quarta-feira, 15, o Seminário Estadual de Políticas Sobre Drogas, no auditório da Unimed. O seminário vai discutir a problemática das drogas, formas de combate, prevenção e tratamento, tudo isso voltado para as políticas de trabalho do Conselho Estadual de Entorpecentes do Acre (Conen).

"Precisamos chamar a sociedade para participar dessa rede de prevenção", conta a secretária de Segurança Pública, Márcia Regina. O seminário também apontará os trabalhos realizados através dos esforços em conjunto das polícias e demais entidades de segurança pública, como a capacitação de policiais militares e civis na prevenção e repressão.

Dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que em 2008 a apreensão de drogas foi de 700 quilos e em 2009, de 1,2 tonelada. A expectativa é de que até o fim deste ano a apreensão de drogas totalize 1,5 tonelada. "A droga lícita e a ilícita movimenta a criminalidade. Existe uma lacuna vazia no combate às drogas, principalmente para a prevenção com os jovens", comenta Márcia Regina.

O seminário vai realizar uma ampla discussão e troca de experiências entre seus participantes e convidados. É o caso de Maurício Lândre, da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas, que trabalha com dependência química há 14 anos e tem visitado várias cidades do Brasil para compartilhar esse conhecimento. "É uma maneira de ajudar no fortalecimento dessa rede de atenção aos usuários de drogas, identificar, qualificar e integrar os serviços", revela Lândre.

A região de tríplice fronteira, na qual o Acre se encontra, não ajuda no combate às drogas. Os dados da Secretaria de Segurança Pública apontam que cerca de 80% da droga produzida na Bolívia é consumida no Brasil. Mas o seminário também lembra que o problema da droga não é apenas do poder público, devendo receber apoio e iniciativas da sociedade civil.

O secretário de Saúde, Oswaldo Leal, conta que a saúde não só está oferecendo a desintoxicação, mas também a oferta de serviços de casas terapêuticas. "Tudo isso para combater esse mal, que movimenta a criminalidade e pode destruir a vida de muitas pessoas."

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