A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) reuniu a equipe para conhecer o projeto de revitalização do Igarapé São Francisco, intitulado Igarapé Vivo, apresentado pelos membros da Comissão Multidisciplinar de Estudos para Despoluição do Rio Acre, dos Igarapés São Francisco e Maternidade e Bacias Hidrográficas (Codespo), na manhã desta quinta-feira, 5.
O projeto é fruto de emenda do senador Márcio Bittar e visa recuperar o Igarapé São Francisco com investimentos para o controle de erosões, recuperação de matas ciliares e construção e ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), bem como promover educação ambiental.
O projeto prevê obras em três estações de tratamento de esgoto: a do Canal da Maternidade, a da Conquista e da Fundação Hospitalar do Estado do Acre, permitindo que os dejetos não sejam despejados em igarapés que cortam Rio Branco, como os igarapés Batista e São Francisco, por exemplo, que desembocam no Rio Acre.
“Esse projeto contempla todos os esgotos que estão caindo no igarapé e serão canalizados e jogados em uma estação de tratamento de esgoto. Vamos resolver um problema de 50 anos e não podemos esperar mais 50 para matar o igarapé”, pontuou o presidente da Codespo, Sebastião Fonseca.
É um projeto de revitalização que conta com diversas fases, entre elas a revitalização do entorno do Igarapé (mata ciliar), contenção e controle de erosões, construção e ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto (ETE), drenagem pluvial urbana e disseminação de informação sobre o risco climático e o desenvolvimento de medidas de capacitação para comunidades afetadas pelos eventos extremos.
“Esse projeto tem tudo a ver com a gente porque boa parte das escolas, sobretudo rurais e outras urbanas, que estão localizadas em Rio Branco, estão próximas ao Igarapé São Francisco. Temos aproximadamente 55 mil alunos que estudam nas escolas envolvidas na região. A Educação dará uma grande contribuição trabalhando com os jovens a educação ambiental, conscientizando sobre a importância da conservação dos nossos mananciais”, afirmou o secretário de Educação, Mauro Sério Cruz .
O Igarapé Vivo também visa capacitar educadores e alunos do ensino fundamental, ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), disponibilizando material para consulta como cartilhas e cursos em Educação a Distância (EAD) sobre temas relacionados à educação ambiental.
A educação ambiental é posta como uma das ações prioritárias do Programa de Sustentabilidade Socioambiental no projeto Igarapé Vivo. A SEE é a responsável pela implantação do Programa Escola Educadora Sustentável que irá subsidiar e apoiar os educadores da rede pública na construção do conhecimento teórico e prático para inserção da educação ambiental no quotidiano escolar.
