Rudson e Judson Silva de Oliveira são irmãos. O primeiro está no nono ano do ensino fundamental e o segundo no primeiro ano do fundamental, anos iniciais. Eles residem no Polo de Assentamento Agroflorestal Walter Acer, localizado no município do Bujari, e estudam na escola construída na localidade, a Pedro Gomes.
São bons alunos, mas ultimamente a mãe deles, a dona Francisca da Silva, tem ouvido algumas reclamações em relação à dor nos olhos. Rudson, durante as aulas, apresenta alguma dificuldade para enxergar e o Judson gosta de ler até tarde da noite. “É bom aluno, mas está reclamando de ardência”, conta ela.
Por isso, ela fez questão de trazer os dois filhos, neste final de semana, para se consultar com oftalmologista do Programa Olhar Digital, desenvolvido pelo governo do Estado por meio da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), cujo atendimento aconteceu na Fundação Hospitalar, sob a supervisão da equipe do médico Eduardo Veloso.
O secretário Mauro Sérgio da Cruz (SEE) e o chefe da Divisão de Saúde Escolar, Rutênio Sá, fizeram questão de acompanhar os alunos da escola. Ao todo foram atendidos 16 alunos da Escola Pedro Gomes. Outros 16, da Escola São João Batista, também passaram por consulta oftalmológica na Fundação. Os da Pedro Gomes receberam atendimento odontológico no consultório montado na escola Alcimar Leitão, no Conjunto Universitário.
Além dos alunos da Escola Pedro Gomes e da São João Batista, outros 32 alunos da Escola Diva Pereira, em Senador Guiomard, também vieram a Rio Branco para realizar atendimento oftalmológico. Entre eles o João Lucas da Silva Camargo, do segundo ano do Fundamental. Sua mãe, dona Cleidiane Nascimento, conta que ele reclamava de dor de cabeça e ardência nos olhos, mas os exames preliminares não diagnosticaram nenhum problema na visão.
O secretário Mauro Cruz fez questão de frisar que tratam-se de dois projetos importantes desenvolvidos que tratam da inclusão dos alunos, sobretudo os mais carentes. “O Sorriso Feliz faz com que os alunos tenham a possibilidade de frequentar o dentista e o Olhar Digital ajuda a melhorar o desempenho em sala de aula”, afirma.
Dentro do Sorriso Feliz é possível o aluno realizar os mais diversos procedimentos, como obturação, restauração, tratamento de canal e em casos mais específicos, o governo realiza até a doação de aparelhos ortodônticos. Já no Olhar Digital, o governo realiza os exames e, quando é caso, faz até a doação dos óculos.
No particular, muito caro
Os projetos desenvolvidos pelo governo por meio da SEE têm um alcance social muito grande. A maioria dos pais, não teria condições de pagar uma consulta particular, o que prejudicaria o rendimento dos filhos nas escolas. É o caso de dona Elisângela Martins, mãe do Luiz Fernando Martins, do terceiro ano do ensino médio da Escola São João Batista. Segundo ela, trata-se de um projeto fundamental. “Faz tempo que a gente luta para pegar uma ficha no posto e não consegue e se fosse fazer particular não teria condições de pagar”, ressalta.
É o mesmo caso da dona Maria Antônia de Lucena, mãe da estudante Katrina Lucena de Souza, do primeiro ano do ensino médio da São João Batista. Essa consulta pela SEE, segundo ela, veio em boa hora. Moradora do Projeto de Assentamento Antônio de Holanda, ela diz que além de não ter condições de pagar, “no posto o dente ficou doendo mais”.
Já o agricultor Raimundo Alencar Pereira, morador do PA Walter Acer, não tem palavras para agradecer ao governador Gladson Cameli e ao secretário Mauro Cruz. Estudante da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da Pedro Gomes, ele não estava enxergando mais na hora de escrever.
“Eu tinha parado de estudar porque não estava enxergando mais nada. Como estudo à noite estava tendo muita dor de cabeça, mas esse atendimento oferecido pelo governo está sendo ótimo e a gente não podia perder essa oportunidade de se consultar”, fez questão de agradecer.