Serão eleitos 12 delegados para representar o Acre na etapa nacional dos debates
Realizar um balanço sobre os avanços, limites e desafios da economia solidária e das políticas públicas no contexto socioeconômico, político, cultural e ambiental nacional e propor prioridades, estratégias e instrumentos efetivos de políticas e programas de economia solidária, com participação e controle social. Estes são alguns dos objetivos da segunda Conferência Estadual de Economia Solidária que acontece em Rio Branco nos dias 4 e 5 de maio, e discute o tema “Pelo Direito de Produzir e Viver em Cooperação de Maneira Sustentável”.
“Nossa meta é trabalhar as propostas incluindo no debate a discussão do contexto amazônico que é diferente. Estamos buscando políticas mais apropriadas para a região, de forma a capilarizar a economia solidária nas áreas mais distantes, e para o fortalecimento do tema”, enfatizou a secretária adjunta de Desenvolvimento para Segurança Social, Mariana de Paiva. Já o presidente da comissão organizadora da Conferência Estadual, Manuel Neto, destaca que a Conferência é importante por estabelecer o debate sobre os avanços e os desafios encontrados na prática da economia solidária no Estado.
Entre os meses de março e abril foram realizados quatro encontros nas regionais do interior do Estado para colher as demandas das associações, entidades e dos representantes dos empreendimentos solidários e do poder público municipal. As propostas aprovadas em Rio Branco serão enviadas à Brasília e debatidas durante a fase nacional da Conferência. Doze delegados acreanos serão eleitos para representar o Estado.
A programação para esta terça-feira inclui a apresentação de um painel com o professor da Universidade Federal do Acre sobe o que é economia solidária e a importância da Conferência Nacional. E a divisão dos participantes em três grupos que irão discutir os seguintes eixos temáticos: Avanços, limites e desafios da economia solidária; Direito a formas de organização econômica baseadas no trabalho associado, na propriedade coletiva, na cooperação, na autogestão, sustentabilidade e na solidariedade, como modelo de desenvolvimento; e a organização do sistema nacional de economia solidária.
Carlos Taborga, presidente do Fórum Acreano de Economia Solidária, destacou a importância da Conferência para a consolidação dos 543 empreendimentos solidários cadastrados no Estado. “Este é um momento expressivo para os empreendedores, temos que aproveitar o encontro para fortalecer nossas ações”, disse.
Já foram realizadas mais de 1.200 conferências territoriais em todo o Brasil, e de acordo com o representante da Secretaria Nacional de Economia Solidária, Maurício Sarda, estes encontros são importantes na medida em que aprofundam o debate, e garantem a efetividade da política pública. “Quem trabalha com economia solidária é quem precisa dizer o tipo de ação pública que está sendo demandada. É importante que as comunidade se apropriem das discussões”.