Durante coletiva, governador fala sobre situação crítica de violência no Estado

O governador do estado do Acre, Tião Viana, concedeu na manhã de segunda-feira (16) na Casa Civil, uma coletiva com a imprensa para falar sobre os dois eventos importantes que serão realizados nos próximos dias 26 e 27, o 16º Fórum de Governadores da Amazônia Legal e o Encontro de Governadores do Brasil pela Segurança e Controle das Fronteiras – Narcotráfico, uma Emergência Nacional.

Na oportunidade, o governador confirmou a presença do presidente da República, Michel Temer, governadores de 16 estados brasileiros e também da presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, os 16 governadores que confirmaram a participação no encontro são: Marconi Perillo (GO), Suely Campos (RR), Confúcio Moura (RO), Pedro Taques (MT), Wellington Dias (PI), Robinson Faria (RN), Luiz Fernando Pezão (RJ), Camilo Santana (CE), Waldez Góes (AP), Fernando Pimentel (MG), Simão Jatene (PA), Jakson Barreto (SE), Amazonino Mendes (AM), Marcelo Miranda (TO), Paulo Câmara (PE) e Rui Costa (BA).

O evento tem como objetivo criar um Sistema Nacional de Segurança Pública com o fundo nacional de financiamento conforme é o Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo Tião, a presença dessas autoridades dará a oportunidade de ser mostrado o problema e, por meio de um diálogo, encontrar soluções para resolvê-lo. “Eu disse ao presidente da república, que, nós, governadores da Amazônia Legal, nove estados, estamos gastando R$ 10 bilhões, por ano, em segurança pública e a União todinha está gastando no Brasil inteiro R$ 8 bilhões por ano. Isso é uma desproporção real muito grave que estamos vivendo e não pode ser dessa forma”, disse.

Viana destacou a importância de regulamentar o controle de munições, que estão sendo vendidas de formas aleatórias, sem controle, gerando um custo alto, pois onde vai a munição estará a arma e a droga.

“Temos no fundo penitenciário brasileiro R$12 bilhões parados, onde o percentual efetivo é para os estados. Por que esse dinheiro continua parado? Por que não pode ser colocado para unir as polícias para que as polícias falem a mesma linguagem, interface e integração? E não há razão para isso acontecer”, questiona o governador.

Ainda de acordo com Tião Viana, é necessário mudar o olhar e o jeito de atuar na Amazônia, afirma, inclusive, que a polícia do Acre tem avançando em cooperação com os policias dos países vizinhos como Bolívia e Peru.

“Hoje, estamos numa situação pior do que a Colômbia estava nos anos 80, na época de Pablo Escobar, e ninguém está ligando pra isso. É raro, hoje, em um ambiente escolar alguém que não manteve contato com membros de facção e isso é alarmante”, afirma Tião.

O evento, fruto da proposta do governador do Acre, será o primeiro dessa natureza a ocorrer no país. Será discutido, também, a respeito da fragilidade das fronteiras brasileiras.

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