Doações fazem a diferença no apoio às vítimas da alagação

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Mais de 900 ruas foram atingidas em Rio Branco (Foto: Pedro Devani/Secom)

Com as cidades acreanas vivendo a maior alagação de sua história em 2015, a situação de calamidade pública atingiu grande parte do Estado. Mais de 130 mil pessoas foram afetadas pela cheia dos rios. E com milhares de desabrigados, só o poder público estadual não foi capaz de cuidar da situação. Por intermédio principalmente do apoio do governo federal e do movimento Acre Solidário, outro elemento faz a diferença neste momento difícil: a solidariedade.

A partir de uma campanha nacional, o Acre Solidário arrecadou mais de R$ 600 mil, que estão sendo utilizados para a compra de alimentos e produtos de limpeza para as famílias atingidas. Além disso, uma grande campanha estadual foi capaz de juntar grandes toneladas de alimentos e mais de 50 mil peças de roupas. Mães de crianças de colo foram as mais beneficiadas, visto que a prioridade para as doações eram de massa para mingau, leite em pó e fraldas infantis.

Mais de 10 mil cestas básicas já foram distribuídas (Foto: Secom)
Mais de 10 mil cestas básicas já foram distribuídas (Foto: Secom)

Somente o governo do Estado encaminhou às prefeituras mais de 10 mil cestas básicas enviadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O Ministério da Integração Nacional mantém ainda o envio dos 17 mil kits de limpeza, dormitório, água potável e cestas básicas a Rio Branco. A entrega dos produtos está sendo feita sob a supervisão do Ministério Público Estadual e do Tribunal de Justiça, dando celeridade e transparência a toda a ação.

O Ministério da Saúde também teve uma grande participação na ajuda ao Acre. Foram enviadas 10 toneladas de medicamentos aos municípios do Alto Acre e a Rio Branco.

Doações por cidade

As doações são documentadas e registradas por cidade. Só em Rio Branco foram distribuídas quase 4.500 cestas básicas, além de 145 kits infantis, 1.291 colchões e dois mil kits de limpeza. Vale lembrar que a capital foi a cidade mais atingida. A alagação afetou 53 bairros, 900 ruas, 31 mil edificações e 102 mil pessoas, obrigando o poder público a fundar 31 abrigos, que receberam mais de 10 mil pessoas. O Rio Acre chegou à marca inédita de 18,40 metros.

Em Brasileia, que teve mais de 90% de sua área urbana atingida pela cheia do Rio Acre, foram enviados 661 cestas básicas, além de 684 colchões, 450 kits de higiene pessoal e 400 caixas de hipoclorito (para limpeza das casas). Já Xapuri, que também viveu uma alagação nunca antes registrada, foram enviadas 700 cestas básicas, 354 colchões, 300 kits de limpeza, 100 caixas de hipoclorito, 200 caixas de hipoclorito, 400 kits de higienização e 214 kits infantis.

Para Epitaciolândia foram doadas 346 cestas básicas, 100 kits de higienização, 384 colchões, 100 caixas de hipoclorito e 4.063 kits de remédios, já que a cidade recebeu grande parte da população de Brasileia durante a cheia. Capixaba também recebeu donativos – foram 270 cestas básicas, 200 kits de higiene, 23 kits infantis, 250 galões de água de 20 litros, 79 colchões e 79 kits dormitório. Porto Acre recebeu 655 cestas básicas e 90 mil litros de água potável, junto de um caminhão-pipa e 500 galões de 20 litros. Sena Madureira, atingida pelo Rio Iaco, recebeu até agora 170 cestas básicas, 420 quilos de frango para alimentação dos desabrigados e voluntários, além de 225 cestas básicas exclusivas para as aldeias indígenas.

Apoio federal

O apoio do governo federal autorizado pela presidente Dilma Rousseff ao Acre também foi de grande importância para auxiliar os desabrigados. Só a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), junto ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), enviou 4.300 cestas básicas. A Fundação Nacional do Índio (Funai) enviou 916 cestas e a Defesa Civil Nacional, mais 1.900.

Só o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), órgão do Ministério da Integração Nacional, enviou 2.030 cestas especiais, que duram 30 dias, três mil kits de higiene pessoal, três mil colchões, mil fraldas geriátricas e mil fraldas infantis.

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