Doação de medula óssea ainda é pequena no Acre

“Doar sangue é uma prova de amor ao próximo. A gente se sente mais humano”, disse Marjorie (Foto: Concita Cardoso/Secom)
“Doar sangue é uma prova de amor ao próximo. A gente se sente mais humano”, disse Marjorie (Foto: Concita Cardoso/Secom)

Você já pensou na possibilidade de salvar uma vida? Para que isso aconteça é preciso apenas boa vontade e acreditar que pode fazer a diferença na vida de milhares de pessoas que aguardam por um transplante de medula óssea no Brasil. O procedimento é simples: basta se dirigir ao Hemocentro mais próximo e doar apenas 5 ml de sangue, que farão parte do cadastro do Regime Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Para chamar atenção para a importância do ato, o Hemoacre realizou na última semana uma campanha na qual apenas 43 pessoas doaram sangue. “O número pode parecer pouco, mas se encontrarmos um doador já valeu a pena”, frisou a responsável pela coleta na instituição, a enfermeira Quesia Oliveira.

“Só se entende a necessidade quando precisamos do transporte de medula”, frisou Quesia (Foto: Concita Cardoso/Secom)
“Só entendemos a necessidade quando precisamos do transporte de medula”, frisou Quesia (Foto: Concita Cardoso/Secom)

Quesia informa ainda que não é tão simples encontrar um doador – estima-se que a chance de encontrar alguém compatível é de 1 a cada 100 mil, mas esse número pode aumentar ainda mais, dependendo da miscigenação. No Brasil, por exemplo, a mistura de raças dificulta um pouco a localização de doadores compatíveis.

“O mais importante é o fato das pessoas entenderem que hoje ela não está precisando, mas pode vir a precisar no futuro. Muitas vezes, só se entende essa dimensão quando se entra em contato com familiares ou com uma pessoa próxima que está necessitando da ajuda do próximo”, alertou Quesia.

Como é feito

O transplante de medula é um tratamento que pode beneficiar diversas pessoas portadoras de doenças em diferentes estágios, como leucemias, linfomas, anemias graves, imunodeficiências congênitas e doenças autoimunes, por exemplo.

O procedimento consiste em substituir uma medula óssea deficiente por células normais de medula óssea, com a finalidade de reconstituir uma medula saudável.

Para quem quer ser doador, existem alguns requisitos, como ter uma boa saúde (sem doenças infecciosas, como hepatite, Chagas, HIV, sífilis e outros problemas como diabetes, câncer e doenças específicas do sangue) e ter entre 18 e 55 anos para fazer o cadastro.

O sangue doado fará parte do cadastro nacional de doadores voluntários de medula (Foto: Cedida)
O sangue doado fará parte do cadastro nacional de doadores voluntários de medula (Foto: Cedida)

Em Rio Branco, o cadastro pode ser feito no Hemoacre que funciona de segunda a sábado das 7h15 às 17h45 e também nos feriados.

Quem praticou a boa ação foi a estudante, Marjorie Castro, que destacou: “Ter a oportunidade de salvar uma vida é muito prazeroso. A gente se sente mais humano, com o sentimento de doar-se. Doar sangue é uma prova de amor ao próximo”.

O que precisa para ser doador

A pessoa precisa comparecer a um hemocentro para fazer um cadastro com seus dados pessoais e a coleta de uma amostra de sangue para realizar os testes genéticos.

Nesse momento, não são feitos exames para verificar doenças e a informação válida é a dada pelo doador. Se for selecionado, são feitos testes no doador para verificar se há doenças e se ele tem condições de doar.

Se ele estiver em condições, a coleta da medula pode ser feita por dois métodos. O mais tradicional é o que retira da bacia, com uma agulha, com anestesia geral ou peridural. O outro é através da veia, onde retira-se células tronco do sangue do paciente – essas células têm a capacidade de se regenerar em 20 dias.

Serviço: Hemoacre

Endereço:  Avenida Getúlio Vargas, 2787

Bairro: Bosque

Telefone – (68) 3228-1494

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