Diversidade de avifauna do Acre pode potencializar turismo ecológico

No Brasil, o único registro de pica-pau-lindo é no Acre, numa APA, em Rio Branco (Foto: Ricardo Plácido/Sema)
No Brasil, o único registro de pica-pau-lindo é no Acre, numa APA em Rio Branco (Foto: Ricardo Plácido/Sema)

Que a Amazônia é uma das regiões mais ricas em biodiversidade do planeta, todo mundo sabe. O que poucos sabem é que essa característica coloca o bioma na rota mais procurada no Brasil quando o assunto é “passarinhar”.  O “birdwatchig”, popularmente conhecido como passarinhada, é a atividade de observar aves, e se consolidou no Brasil em 1974, com a criação do Clube de Observadores de Aves.

Dados do Ministério do Turismo mostram que a atividade ainda é pouco executada no país, mas ainda assim está entre os 50 destinos de turismo ecológico atualmente.

No Acre, a atividade ainda ocorre em pequena escala, mas com um grande potencial turístico e econômico para o estado, além de garantir a conservação das áreas de floresta. O birdwatchig atrai observadores para fins científicos e para hobby.

De acordo com o Comitê Brasileiro de Registro Ornitológico, o Brasil, considerado o segundo país com a maior diversidade de aves, tem 1.900 espécies de aves registradas – no Acre, são aproximadamente 700 espécies.

Atrações

O bacurau-rabo-de-seda é uma espécie rara, que pode ser encontrada no Acre (Foto: Ricardo Plácido/Sema)
O bacurau-rabo-de-seda é uma espécie rara que pode ser encontrada no Acre (Foto: Ricardo Plácido/Sema)

No território acreano, as unidades de conservação são um grande atrativo. O Parque Estadual Chandless é uma área de proteção integral, e por reunir uma expressiva presença de bambu, tem também uma diversidade de avifauna, sendo uma região com grande potencial para o turismo ecológico.

Outra categoria, de unidades de conservação são as Áreas de Proteção Ambiental (APA). Embora de uso sustentável, são locais ideais para encontrar espécies raras e até aquelas que ainda não foram registradas.

“O Acre tem esse diferencial. Como estamos numa região pouco explorada, há possibilidade de aqui serem encontradas espécies que ainda não foram catalogadas”, explica o ornitólogo e coordenador da APA do Igarapé São Francisco Ricardo Plácido.

O bacurau-rabo-de-seda é uma espécie rara encontrada na região de Rio Branco, na APA do Igarapé São Francisco. Já o pica-pau-lindo é uma espécie endêmica do Acre, ou seja, no Brasil o único registro feito foi no estado.

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