Com o objetivo de melhorar o trânsito próximo às escolas e proporcionar maior segurança aos alunos, o Detran iniciou o projeto Educador Voluntário na Escola. A ideia é envolver a comunidade escolar nas ações, pois, além de garantir maior segurança na travessia dos estudantes, pretende-se, também, buscar a mudança de comportamento de condutores e pedestres.
O conceito é identificar dentro da escola ou da própria comunidade pessoas que tenham o perfil para atuarem como educadores voluntários. Os escolhidos passam por um treinamento teórico e prático para em seguida iniciarem o trabalho de auxílio à travessia de pedestres e orientação na forma de como os pais devem se portar quando estão dirigindo nas proximidades da área escolar.
O projeto vai atuar nas escolas públicas e privadas da capital e tem como eixos principais a preservação da vida, o respeito à cidadania e a garantia dos direitos fundamentais da criança e do adolescente. “Com isso pretendemos sensibilizar e envolver a comunidade escolar através de orientações e demonstrações de comportamentos seguros, adequados e possíveis, buscando desenvolver a consciência adequada em cada ser humano para a segurança de crianças, jovens e adultos no trânsito”, explicou a diretora-geral do Detran, Sawana Carvalho.
A gerente de educação de trânsito, Geny Polanco, explica que a quantidade de educadores contratados temporariamente pelo órgão não é suficiente para suprir a demanda das escolas de Rio Branco que necessitam diariamente de um educador de trânsito para auxiliar os alunos na travessia. Por esse motivo, pensou-se numa solução para garantir a travessia das crianças e adolescentes na entrada e saída das escolas.
“Essa proposta é de fundamental importância, porque, além de ser realizada a travessia com segurança nas faixas de pedestres, também vai despertar na formação dessas pessoas, principalmente nas crianças, comportamentos que as levarão a agir com mais responsabilidade, disciplina e autoridade, e assim garantir um trânsito mais seguro, tendo a vida como prioridade”, ressaltou Geny.
A primeira instituição de ensino a aderir ao projeto foi o Colégio Vitória, localizado na Cohab do Bosque, que atende ao todo 550 alunos, nos turnos da manhã e tarde. “Esperamos proporcionar maior segurança para as nossas crianças durante a entrada e a saída. Também queremos incutir desde cedo o respeito e a conscientização. Queremos reeducar a comunidade e fazer com que utilizem de forma positiva o trânsito”, disse a diretora de escola, Eva Passarinho.
Inicialmente o Colégio Vitória disponibilizou dois servidores, que irão atuar como educadores voluntários. Para o voluntário Severino da Silva, que trabalha como porteiro, essa é uma grande parceria. Ele explica que o espaço viário da escola é pequeno e que, além de educar os alunos, também é preciso orientar os pais para que estacionem em locais seguros.
Para Pedro de Souza, outro educador voluntário da escola, os país já estão assimilando as orientações. “Eles estão aqui todos os dias, precisam ter uma boa convivência no trânsito”, frisou.
Para a aluna do último ano do último ano do ensino médio Catherine Amaral, ações como essa ajudam principalmente as crianças. Ela espera que os pais também assimilem, mas principalmente que permaneçam com boas atitudes no trânsito.
Com isso, o Detran espera uma maior aproximação com a comunidade escolar, desenvolvendo trabalhos de educação de trânsito que apresentem significativa redução de acidentes evolvendo principalmente estudantes nas proximidades das escolas, onde há maior fluxo de veículos e de pedestres.
“Percebemos que na participação efetiva de membros da comunidade nas ações de educação de trânsito, todos saem ganhando, já que a necessidade de contribuir de maneira eficiente e prática para a construção de um espaço mais democrático e humano no trânsito é de responsabilidade de cada um”, afirmou Sawana Carvalho.