Dermatologia quer detectar novos casos de hanseníase em municípios

Primeiras campanhas em Xapuri e Senador Guiomard atenderam mais de 500 pessoas. Para o mês de julho estão programados atendimentos em Bujari, na Vila do V e Porto Acre

O Programa Estadual de Dermatologia Sanitária da Secretaria de Estado de Saúde oferece atendimento médico e consultas especializadas em dermatologia nos municípios com o objetivo de detectar novos casos de hanseníase. O serviço ambulatorial conta com médicos dermatologistas hansenólogos, clínico geral, fisioterapeuta, oftalmologista, ortopedista, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e medicamentos específicos para tratamento de pele.

De acordo com a fisioterapeuta e responsável técnica pelo Programa Estadual de Dermatologia Sanitária, Franciele Gonçalves, atribui-se a essas campanhas de busca ativa de pacientes nos municípios prioritários a redução dos casos de hanseníase no Acre.

A primeira campanha de detecção deste ano se realizou em Xapuri, onde foram atendidas 102 pessoas. Em Senador Guiomard, na semana passada, atenderam-se 400 pessoas e ainda houve palestras educativas nas escolas. Para o mês de julho, estão programados atendimentos em Bujari, na Vila do V e Porto Acre.

Ano passado diagnosticaram-se 261 novos casos de hanseníase no Estado, conforme dados do Programa Estadual de Dermatologia Sanitária. Rio Branco é a cidade acreana com  maior incidência, destacando-se também Cruzeiro do Sul e Sena Madureira.

Na década de 80, o Acre registrava os maiores índices de hanseníase no país, tempo em que havia 110 pacientes com a doença para cada grupo de 10 mil habitantes. Segundo Franciele Gonçalves, o Ministério da Saúde define que, para alcançar a meta de eliminação da doença, é necessário a prevalência de menos de 1 caso para cada 10 mil habitantes. Hoje, o Estado apresenta uma proporção de 2, 4 para cada 10 mil.

"O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são primordiais para a interrupção da cadeia de transmissão da doença. Quem é portador de hanseníase e está se tratando não transmite a doença, pode viver normalmente, tanto no trabalho como na família e na sociedade", enfatiza Franciele.

Após o exame dermatoneurológico – exame minucioso da pele e palpação dos nervos periféricos situados nos braços e pernas-, recomenda-se a poliquimioterapia – PQT. O tratamento é gratuito e ambulatorial, não necessitando de internação hospitalar, exceto em caso de complicações. Os medicamentos são fornecidos pelos diversos locais autorizados – unidades sanitárias, centros de referência, hospitais.

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