O governo do Estado, por meio do Núcleo de Dermatologia da Fundação Hospital do Acre (Fundhacre), totalizou, em 2020, 12.355 mil atendimentos, apesar das adversidades em decorrência da pandemia da Covid-19.
É evidente que as crianças são suscetíveis a alergias, devido a fase de descobrimento que ocorre pelo manuseamento de objetos, sendo comum até os 6 anos, algumas doenças tem característica de alergias, como a psoríase, doença não contagiosa com sintomas que aparecem e desaparecem preocupando mães e responsáveis.
“Minha sobrinha Rebeca, de seis anos, é atendida desde agosto de 2020. Faz algum tempo têm aparecido alguns sinais no couro cabeludo, ela faz um tratamento com remédios que têm melhorado a coceira, vermelhidão, sensibilidade e o sangramento; o atendimento da dermatologista Camila Lima é ótimo”, diz Gilcilene Abreu.
A psoríase é uma lesão decorrente do ressecamento da pele e é muito diagnosticada no Núcleo de Dermatologia, além da dermatite atópica, frequente nas crianças, que é uma doença genética, crônica e comum nas dobras dos braços e a parte de trás dos joelhos. Além dessas ocorrências, há também casos de hanseníase, que são detectados por meio do teste de sensibilidade.
“ Os pacientes da Fundhacre são referenciados das unidades básicas de saúde, entretanto, há algumas urgências dermatológicas, sendo as mais comuns: coceiras, vermelhidão e os casos mais graves que são a psoríase e a dermatite atópica”, relatou Camila Lima.
A hanseníase está controlada?
Em Rio Branco, os dados do Sistema de Informação Nacional de Agravos de Notificação mostram que a hanseníase se manteve estável nos últimos anos, num total de 46 casos novos identificados e que são acompanhados por meio de consultas.
A Fundhacre promove assistência integral às pessoas que foram acometidas pela hanseníase. Franciely Gonçalves, gerente da Dermatologia, explica: “A instituição oferece o serviço especializado, em que o paciente vai passar pelo hansenólogo, quando necessário, e encontra o acompanhamento de fisioterapeuta, enfermeiro e ortopedista”.
Manchas avermelhadas, esbranquiçadas, ausência de suor, queda de pelos em algumas áreas do corpo e alteração na sensibilidade da pele são algumas características da hanseníase. O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial de casos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) coletou dados em 2017 que mostram que mais de 210 mil casos foram registrados em diversos países.
Nem toda doença de pele é devido à exposição solar e conviver com lesões em partes expostas não é tarefa fácil, ainda mais quando afeta a fisionomia, como a hanseníase, deixando um rastro de sofrimento, já que essa pode desfigurar o indivíduo e causar deficiência nos membros externos.
Saiba mais sobre as doenças que afetam a pele dos brasileiros
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito e disponibiliza atendimento especializado por múltiplos profissionais da saúde, a fim de reduzir as chances de incapacidades físicas, bem como, promover melhores condições para os pacientes que foram acometidos pela hanseníase.
O câncer de pele virou tema da campanha Dezembro Laranja e visa alertar a população acerca das doenças que afetam a pele. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca) estima 185.380 novos casos da doença, há inúmeros tipos de câncer de pele, sendo mais recorrente, as feridas ou nódulos que apresentam evolução lenta e são chamados de câncer de pele não melanoma, esse é o tipo menos agressivo e mais frequente no Estado brasileiro.