O sistema de abastecimento de água de Rio Branco conta atualmente com duas estações de captação e tratamento, 10 reservatórios e uma rede de distribuição de 1.147,91 quilômetros de extensão que leva água tratada a 211.260 moradores da capital (Fonte SNIS2018).
Com o objetivo de manter o pleno funcionamento e ampliar a capacidade do sistema, o Governo do Estado, por meio do Departamento Estadual de Água e Saneamento (Depasa) definiu esta semana o Plano de Ação 2021.
Em reunião com a diretoria e equipe técnica nesta sexta-feira, 16, o diretor-presidente do Depasa, Luiz Felipe Aragão, detalhou as ações a serem implementadas em três etapas.
No primeiro momento, a prioridade será garantir que as unidades de produção possam funcionar sem interrupções. “Atualmente, a cada parada no sistema, são necessários de três a quatro dias para normalizar o sistema”, alertou um dos técnicos responsáveis pelo setor de distribuição, Wilson Vilela.
Nesse sentido, a estratégia será investir na aquisição de novos equipamentos. Durante a reunião com a equipe, o presidente do Depasa pediu celeridade no levantamento de dados e encaminhamento dos processos licitatórios para a aquisição de máquinas e equipamentos, como leitos filtrantes e decantadores, que vão permitir melhorar o processo de tratamento. Esses e outros equipamentos necessários à melhoria do sistema devem ser licitados ainda este ano.
A segunda fase do plano de trabalho prevê a modernização e automação do sistema. Com a ampliação de investimentos em tecnologia será possível monitorar e controlar o sistema em tempo real, o que vai permitir agilizar ações de combate a vazamentos, evitar maior desperdício de água tratada, e aumentar o nível do segurança. “ Com novas câmera vamos melhorar o sistema de segurança”, explicou Luiz Felipe.
Por fim, o planejamento contempla melhorias da estrutura física que inclui 10 reservatórios e dezenas de registros de manobra utilizados para distribuição de água nos bairros da capital. Em visita aos reservatórios esta semana, o presidente do Depasa conferiu as condições de instalações e equipamentos. “O que constatamos é que em termos de reservatórios temos uma boa estrutura, mas que pode e deve ser melhorada”, observou o presidente do Depasa.
Plano de setorização
No que se refere aos registros, atualmente, o Depasa realiza o mapeamento de todas a unidades. Realizada essa etapa do trabalho, a equipe técnica poderá se debruçar sobre o plano de distribuição por setorização. “A ideia é dividir a cidade em dois setores, parte alta e parte baixa, para dessa forma poder fazer uma distribuição mais eficiente, e evitar maiores transtornos com interrupções”, informou Wilson Vilela.
Provisão
Outro cuidado para manter o abastecimento regular na capital refere-se à provisão dos recursos e insumos necessários à produção e tratamento da água. Atenta às necessidades sazonais, a diretoria administrativa já elabora logística de compra de produtos químicos para o período de chuvas, quando devido a maior turbidez da água, há necessidade de aumentar a quantidade e dosagem dos produtos utilizados para o tratamento. “Já estamos trabalhando na programação de compras compatível com a demanda e nossa capacidade de pagamento”, informou o diretor administrativo-financeiro Mamed Arudá.
Metas
Para garantir água tratada com qualidade, regularidade e em quantidade suficiente para a população da capital, hoje estimada em 413,418, o Depasa precisa manter uma produção constante de 1.544 litros/segundo. O sistema existente atualmente tem essa capacidade de produção. Na quinta-feira,15, operou com 1510 litros. Mas essa média não tem sido constante. “Trabalhando com equipamentos desgastados as quebras e interrupções tem ocorrido com mais frequência, prejudicando a produção e é isso que queremos eliminar, o objetivo é manter o nível máximo de produção e melhorar a distribuição” pontuou Vilela.