A partir de hoje o Acre já conta com um escritório local do Departamento Nacional de Produção Mineral, o DNPM. O governador Tião Viana prestigiou a inauguração do espaço, que funcionará numa sala cedida pela Secretaria de Articulação Institucional (SAI). A vinda do departamento para o Estado vai evitar que todos os processos relacionados a minério sejam resolvidos em Rondônia.
O escritório acreano será coordenado por Paulo Brandão. O superintendente do DNPM nos estados de Rondônia e Acre, Deolindo Carvalho e o diretor-geral, Sérgio Dâmaso, participaram da solenidade.
“Este é um momento de vitória para o setor da matéria-prima da construção civil. Temos no Acre uma situação peculiar: muitas vezes a areia vem do Amazonas, a brita de Rondônia. A logística da construção civil é um desafio para as empresas. Vamos trabalhar para fazer um inventário mineral do estado, o que pode ser libertador para o Acre”, disse o governador Tião Viana.
Sérgio Dâmaso está otimista: “O Peru, Rondônia e Amazonas, que estão ao lado do Acre, são ricos em minerais. Será realmente que o Acre não tem minérios? Isso é algo que um inventário pode mostrar. O projeto aqui é protocolar e analisar as demandas aqui, sem a necessidade de enviar nada a Rondônia, como acontecia”, disse.
O deputado federal Thaumaturgo Lima lembrou que desde seu mandato de senador, Tião Viana vinha lutando pela implantação do departamento no Acre, que era o único Estado da federação que não tinha uma representação do órgão.
O Acre possui uma grande exploração dos materiais chamados “não metálicos”, que são usados na construção civil, como areia, cascalho, saibro e argila para a fabricação de cerâmicas vermelhas, como tijolos e telhas. Com a orientação técnica e a presença efetiva do DNPM no Estado, serão evitadas as constantes intervenções da Polícia Federal em áreas onde, muitas vezes por falta de conhecimento, existem lavras clandestinas.
A princípio o Departamento Nacional de Produção Mineral vai funcionar com três servidores. Quem comemora a facilidade são os empresários do setor. O presidente do Sindicato das Indústrias de Olarias Cerâmicas do Acre, Aristides Formighieri Júnior, entende que estado ganha muito com a instalação do departamento, evitando gastos e a demora no andamento dos processos.
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