“Era para ser um dia normal, como todos os outros. Saí de casa para trabalhar, cheio de sonhos e expectativas, quando sofri um acidente de trânsito que resultou na amputação de parte da perna direita, mudando completamente minha vida”, conta Auricélio Azevedo, ex-operador de máquinas pesadas.
Azevedo faz parte da estatística da Organização Mundial de Saúde (OMS) que registra mais de 13 milhões de brasileiros com deficiência física, representando, aproximadamente, 10% da população. Esse número é o mais recente apresentado antes de 11 de outubro, quando é celebrado o Dia Nacional do Deficiente Físico.
O governo federal vem trabalhando em políticas públicas para garantir igualdade de direitos a esse segmento da sociedade. Serviços como adaptação, distribuição e manutenção de órteses, próteses e meios de locomoção são oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), melhorando a qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais e dos familiares.
No Acre, o governo do Estado, por meio da Oficina Ortopédica do Hospital das Clínicas (HC) de Rio Branco, realiza uma média de 1,1 mil atendimentos por mês. Em 2015, até setembro, foram 9.960 procedimentos.
O setor oferece serviços de fisioterapia, sapataria, terapia ocupacional, órtese e prótese, bem como distribuição de meios de locomoção, como cadeiras de rodas motorizadas e manuais, muletas e andadores, por exemplo.
Oportunidade
Foi na oficina ortopédica que Auricélio encontrou motivos para voltar a sonhar. “Aqui eu faço fisioterapia e estou aguardando uma prótese que vai substituir essas muletas. Não posso mais trabalhar como tratorista, porém, voltarei a andar como antes”, diz.
De acordo com o fisioterapeuta Leunam Ramos, gerente-geral da Oficina Ortopédica de Rio Branco, a unidade também é referência no atendimento de pessoas de outros estados, como Rondônia e Amazonas, e países como Bolívia e Peru.