Alertas estão sendo emitidos a órgãos setoriais, embora se registre redução de focos
A coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) anunciou o Plano de Contingência de Queimadas e Incêndios Florestais, uma série de procedimentos padrões que devem ser adotados por todos os órgãos setoriais no âmbito do Município, em caso de grandes incêndios florestais.
Em forma de cartilha, o plano cita que "Rio Branco tem sofrido com os problemas das queimadas urbanas e dos incêndios florestais e que é preciso estar alerta" para problemas como o ocorrido em 2005, quando o "Estado atravessou um dos maiores e mais bruscos períodos de redução intensa das precipitações pluviométricas".
O documento é fartamente ilustrado com gráficos que mostram a média de chuvas nos meses de verão, tendo como ponto inicial o ano de 2005 até o mês passado.
"Pelos registros, é possível verificar que o nível [das águas] do rio Acre, entre maio e outubro, apresenta-se relativamente baixo, se comparado aos outros níveis do período chuvoso. O índice pluviométrico é uma das principais variáveis utilizadas para se verificar a ocorrência de incêndios neste período que estamos passando", informa o coordenador Municipal de Defesa Civil, coronel Gilvan de Oliveira Vasconcelos.
No dia 14 de setembro de 2005, o rio Acre atingiu a menor cota já registrada nos últimos 38 anos, com 1,64 metros. Este ano, a menor cota registrada aconteceu nesta quinta-feira, 10, com 2,39 m. A grande preocupação é que, aliado ao problema da seca, as frentes frias estão sendo relativamente mais prolongadas, contribuindo para a redução da umidade relativa do ar.
A Comdec utiliza uma série de informações para prevenir e coibir a ação de quem teima em atear fogo nos quintais e nas grandes áreas ao redor do perímetro urbano. Entre os procedimentos estão a ação dos fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na autuação de pessoas e do Pelotão Florestal da Polícia Militar, que também promove este tipo de fiscalização. No ano passado, a prefeitura também promoveu cursos de capacitação para agentes de combate ao fogo.
De acordo com informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, (CPTEC/Inpe), o Estado do Acre atingiu níveis altos e críticos para o risco de fogo previsto entre os dias 4 e 30 de junho passado. Esta classificação, baseada em imagens de satélites, se inicia no "nível mínimo", vai até o "nível crítico" e consta também no plano de contingência da Comdec.
Inpe mostra redução de focos no Acre, nos últimos três anos
Um comparativo do CPTEC, entre o número de focos de queimadas registrados entre 2005 e maio deste ano mostra uma redução acentuada de incêndios em Rio Branco, em relação a todo o Estado do Acre. Segundo o Centro, em 2005, ao menos 22.292 focos de queimadas foram detectados pelos satélites do Inpe, dos quais 2.944 foram na capital acreana.
No ano seguinte, este número se reduziu pra 4.218, sendo 441 focos em Rio Branco. Em 2007, a redução foi ainda maior, com 3.461 focos de queimadas, tendo o Município registrado 365 desses focos. Esta ano, até o mês passado, nenhum foco significativo de queimada havia sido registrado em Rio Branco. No Estado, no entanto, foram registrados 34.