Equipes do Corpo de Bombeiros e do Deracre estão mobilizadas para realizar o transporte de uma caldeira de 18 toneladas para o Acre. Ontem, o equipamento ficou parado a 30 quilômetros da travessia do Abunã, seguindo viagem nesta segunda-feira, 21. A travessia é um esforço para que as remessas de grande porte pendentes completem sua rota. A previsão é que o trabalho continue sendo realizado durante todo o dia e o maquinário chegue ao seu destino na terça-feira, dia 22.
Devido as condições da pista da BR-364 em Rondônia, que antes estava alagada, o equipamento permaneceu aguardando trânsito por 60 dias, praticamente durante todo o período da cheia do Rio Madeira, por ser muito pesado. A rodovia está aberta para veículos de grande porte, no entanto, há ainda trechos que apresentam lâmina d’água de até 40 centímetros de profundidade, por isso é uma manobra que exige atenção das equipes locais.
A caldeira é o último equipamento que falta para ser entregue para a montagem da Fábrica de Ração. Trata-se de uma empresa de sociedade anônima, que tem fomento e participação do governo, localizada no Complexo Industrial de Piscicultura, em Senador Guiomard.
O titular da Secretaria de Desenvolvimento Florestal da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), Edvaldo Magalhães explica: “A fabricação de ração não acontece sem a caldeira, porque o vapor é fundamental para o processo, que é chamado de extrusão. Essa etapa forma as composição em bolinhas de ração, que quando lançadas na água para alimentar o peixe boiam, e quando ela não é extrusada ela afunda, ou seja é uma vantagem que essa ração vai oferecer ao piscicultor”.
Na piscicultura, o processo de engorda do peixe realizado por ração representa 40% do investimento da produção. Diminuindo perdas, há mais produtividade e mais lucro na receita dos piscicultores.