Ivanilde de Oliveira morou durante cinco anos às margens do Igarapé São Francisco, em Rio Branco. Durante as enchentes, por algumas vezes, optou por ficar em casa, até as águas baixarem. As dificuldades foram muitas, como as doenças transmitidas por animais peçonhentos. Por duas vezes, ela contraiu leptospirose e precisou ser hospitalizada.
Outras vezes, Ivanilde ficou abrigada no Parque de Exposições Marechal Castelo Branco, local onde é montado um abrigo provisório.
Ela relata que os momentos que passou no abrigo também eram de angústia, por estar longe dos seus bens materiais e sem privacidade. Muitas são as histórias tristes que agora dão lugar à realização de um sonho: a casa própria, em um lugar seguro e digno, longe das áreas de risco.
Ao saber que seria contemplada com a unidade habitacional do programa Minha Casa, Minha Vida, na Cidade do Povo, Ivanilde passou mal de tanta emoção, e foi assim até o dia da solenidade de entrega: uma emoção atrás da outra.
“Desde o dia que soube que ganharia minha casa, meu coração disparou, e até passei mal de tanta emoção. Só sei agradecer, todo dia, a Deus, ao governador e à presidente Dilma. Daqui para frente, é vida nova e sem tribulação”, comemora Ivanilde.
Cidade do Povo
Segundo a Secretaria de Estado de Habitação (Sehab), 10.220 pessoas já vivem no empreendimento. O novo bairro da capital acreana conta com escolas, delegacias e postos de segurança, unidades de saúde (inclusive uma Unidade de Pronto Atendimento [UPA]) e diversas áreas de lazer e comerciais. Ao todo, 10.518 moradias deverão ser construídas, para receber mais de 50 mil pessoas.