Neste período, o Acre apresentou o 6º maior crescimento em volume (34,7%) do Brasil
Indústria, serviços e agropecuária são os principais responsáveis pelo crescimento da economia acreana no período entre 2003 e 2007. Os dados constam no relatório Contas Regionais 2007 divulgados nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em termos reais, o Produto Interno Bruto do Acre (PIB) cresceu 6,5%, índice superior à media nacional que apresentou crescimento de 6,1%. Em 2007, o PIB acreano alcançou R$ 5.761 milhões (0,2% do PIB brasileiro), ficando na 26ª posição do ranking, contra R$ 4.835 milhões (0,2%) em 2006. Na série (2002-2007) apresentou o 6º maior crescimento em volume (34,7%).
O PIB per capita, que em 2002 era de R$ 4 mil passou em 2007 para R$ 8.789,49. "Esse valor mais que dobrou. Isso mostra que o Acre tem mudado substancialmente nos últimos anos e que este crescimento o aponta como um estado promissor", avalia o Secretário de Estado de Planejamento, Gilberto Siqueira para quem o relatório indica um deslocamento no crescimento da região centro-sul para as regiões Centro-oeste e Norte. Segundo os dados do IBGE, o Acre avançou uma posição no ranking nacional, de 18ª posição em 2006 para 17ª em 2007.
O setor de agropecuária apresentou taxa de volume de 9,8% ficando responsável por 17,2% do valor adicionado do Estado em 2007. Influenciaram positivamente a produção de mandioca (aumento de 34,8% da produção) e da banana (20,1%) entre 2006 e 2007. Mas é a indústria a grande protagonista do desenvolvimento real do Estado, com 14,7% do valor adicionado em 2007 e crescimento de 11,6%. As atividades industriais que mais colaboraram com o incremento do setor foram a construção civil, que cresceu 13%, e a indústria da transformação.
A expansão em 2007 foi de 8,5% impulsionada pelo crescimento dos segmentos de alimentos e bebidas (13%), fabricação de outros produtos minerais não metálicos (15%) e fabricação de metal (16%). Contribuíram ainda o crescimento obtido pela indústria extrativa (7,8%) e pela produção e distribuição de eletricidade e gás, água e esgoto e limpeza urbana (10,5%) que juntos somavam 13,4% da indústria e 2% da economia estadual. E a estimativa para os próximos quatro anos, segundo o secretário Gilberto Siqueira, é de expansão da economia acreana. "Os indicadores comprovam isto e ainda temos o desenvolvimento de políticas públicas que incrementam a ampliação e fortalecimento do setor privado".
O maior setor do Estado é o de serviços com 58,2% da economia em 2007. Seu crescimento foi de 4,5% em relação a 2006. O aumento em volume foi impulsionado principalmente pelas atividades de comércio e serviços de manutenção e reparação que cresceu 4,4% e respondia por 16% dos serviços; além de administração, saúde e educação públicas e seguridade social que cresceu 3,7% em 2007 e cuja participação no setor de serviços e no valor adicionado do estado era de 50,3% e 34,3%, respectivamente.
"É importante destacar que pela avaliação do IBGE os pobres da região Norte, ou seja, as classes C e D compraram mais produtos de higiene do que os das classes A e B o que representa maior distribuição de renda apontando um futuro importante para a Amazônia", diz Gilberto Siqueira.