Da fibra de vidro se fez uma indústria acreana

Empresa funciona provisoriamente na Vila Acre, em Rio Branco (Foto: Edna Medeiros/Secom)
Empresa funciona provisoriamente na Vila Acre, em Rio Branco (Foto: Edna Medeiros/Secom)

Quando o proprietário e também moldador Jorge Mendonça é perguntado sobre qual produto é o mais vendido, responde: “Todos”. E assim resume a grande demanda de sua empresa, que trabalha com pias e tanques feitos a partir de fibra de vidro. Com uma produção manufaturada e perspectivas promissoras, a Fibra Acre volta a expor no Galpão da Indústria neste ano.

“Depois da Expoacre sempre melhoram nossas vendas”, diz o expositor. Os produtos têm como diferencial as cores: rosa, lilás, verde, azul e amarelo. E também são produzidas em tons tradicionais: bege, branco e preto.

A Fibra Acre está há cinco anos no mercado local e concorre solitariamente contra empresas de outros Estados. As 50 peças produzidas diariamente são revendidas em encomendas para lojas de Rio Branco.

Ele divulga o diferencial competitivo da indústria: “Os produtos de fora demoram cerca de três meses para a entrega, nós entregamos a demanda em até 15 dias. E com preço competitivo”.

Mendonça trabalhou na roça em Cruzeiro do Sul e migrou para Rondônia atrás de oportunidades. Inicialmente, como garimpeiro, depois voltou para a agropecuária, e o primeiro registro profissional foi em uma empresa que utilizava polímero, material formado pelos filamentos de vidro com a resina de poliéster.

Foram 12 anos fazendo piscinas, tanques e pias. Até que resolveu retornar para seu Estado e iniciar o próprio negócio com o aprendizado adquirido.

“Hoje até os moldes fui eu que desenvolvi. Acreditei na ideia, porque via que todos esses produtos vinham de fora”, retoma.

Em breve, a Fibra Acre adquire um novo endereço: Parque Industrial de Rio Branco. Resultado do apoio recebido pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens).

“Vai ser muito bom, porque vamos poder diversificar a produção. Aqui não conseguimos mais atender todos os clientes, porque a demanda já é maior do que produzimos”, afirma o empreendedor. O novo terreno está aplanado. O financiamento em trâmite no banco e os planos de crescimento vão se aprumando.