Curso de fotografia proporciona imersão ecológica na APA do Igarapé São Francisco

Com vasta diversidade e reserva de floresta natural, o Acre tem consolidado novos mercados turísticos e econômicos, associando desenvolvimento e sustentabilidade. A Área de Proteção Ambiental (APA) do Igarapé São Francisco, em Rio Branco, é um bom exemplo disso.

Percurso permite aos visitantes uma imersão ecológica (Foto: Cedida)

O local, que já se tornou ponto de encontro para expedições e aventuras encabeçadas por trilheiros, observadores de aves, biólogos, fotógrafos, pesquisadores e demais amantes da natura, vai ser palco de mais uma edição do curso de fotografia ministrado pelo fotojornalista Marcos Vicentti e promovido pelo Instituto Acreano de Imagens.

Entre os atrativos da comunidade Área Viva da APA do Igarapé São Francisco, onde se dará a atividade de 10 a 11 de novembro, destaca-se a Trilha Txaná. Com uma diversidade de fauna e flora, o percurso permite aos visitantes uma imersão ecológica e histórica, tendo em vista que os comunitários atuam como guias.

“Quem vier, além de conhecer a fundo a nossa história, também vai ter acesso à riqueza natural disponível nessa área para fotografar e também contemplar. Além disso, vamos oferecer nossos produtos: pinturas corporais e chás naturais. Através da natureza nos renovamos para encarar a vida. Tudo que tem de melhor aqui, oferecemos às pessoas, pois somos parte da natureza”, destacou o agente ambiental comunitário Juliano Augusto Silva Costa.

Para mais informações sobre como se inscrever e participar do curso, os interessados podem ligar no (68) 99991-0076. O projeto estimula o estudante a fotografar cenas diversas, utilizando os recursos fotográficos essenciais de um equipamento digital manual. Além disso, lembra Marcos Vicentti, o curso levará o participante a “formar uma cultura fotográfica e senso crítico acerca de sua produção visando obter imagens com qualidade”.

Turismo comunitário

Há dois meses, a comunidade promoveu a primeira edição do Festival Txaná, com apoio do coletivo Travessias na Floresta e do Centro Huã Karu Yushibu. O evento que reuniu inúmeros visitantes, gerando renda para a comunidade, dispôs de uma programação composta por rodas de conversa, poesia, cantorias da floresta e outras vivências culturais da região como pinturas corporais indígenas e artesanato.

No Acre, o governo do Estado tem impulsionado o turismo de base comunitária em várias localidades como forma de fomentar renda e expandir a consciência ecológica das pessoas.

“Temos construído planos de negócios para que os próprios comunitários possam gerir. Porque a partir do momento em que eles assumem e criam o sentimento de pertencimento, aquele produto se desenvolve independente do poder público. A partir do momento em que a floresta passa a gerar emprego e renda, não existe motivos para derrubá-la”, explica a secretária de Estado de Turismo e Lazer, Rachel Moreira.

APA do Igarapé São Francisco foi criada em junho de 2005 para preservar e recuperar o igarapé São Francisco e demais cursos d’água do seu entorno, além de ordenar a ocupação das áreas de influência do manancial, fomentar a educação ambiental, a pesquisa científica e a conservação dos valores ambientais, culturais e históricos.

Além disso, a APA São Francisco também estabelece conexão com um complexo maior envolvendo a APA do Lago do Amapá e a APA Irineu Serra, formando um cinturão verde em plena capital acreana.

 

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