![Mariazinha e Duda, quituteiras da comunidade Praia da Amizade comercializaram canjica, pamonha e cuscuz com coco ao preço de R$ 2 (Foto: Assessoria FEM)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/2013_agosto_thumbnails_thumb_Mariazinha_e_Duda_quitutei.jpg)
Experiências de empreendores da cultura nas cidades acreanas têm formatado uma vitrine de produtos com a Feira de Economia Criativa, uma iniciativa da Caravana de Cultura e Humanização.
Rodrigues Alves foi a nona cidade das 22 que terão suas feiras. A ação é simples: promover as atividades empreendedoras dos municípios, criando oportunidades para os profissionais locais.
“Um lugar de escoamento do trabalho dessas pessoas. Eles confeccionam, criam e formatam, e damos a oportunidade de venderem e mostrar seus produtos artístico-culturais”, disse Elineide Medeiros, coordenadora da caravana.
O que Rodrigues Alves tem para mostrar? Uma cartela de produtos que agrega culinária, teatro, música e artesanato. Barracas e palco montados na praça Antônio Guilherme servem de espaço para artistas, artesãs e quituteiras apresentarem sua arte e ofício. A feira contou com o apoio da prefeitura local e sua diretoria de cultura. O prefeito Francisco Ernilson Saraiva de Freitas (Burica) marcou presença no evento.
Com um mostruário de peças em renda, fuxico, bordado e material reciclável, as artesãs da Cooperativa de Mulheres Produtoras de Rodrigues Alves pela primeira vez colocaram seus produtos à mostra numa feira. Tapetes, centros de mesa e uma variedade de acessórios são confeccionados pelas mulheres.
“Para nós é muito gratificante. A gente vende assim por encomenda para quem conhece nosso trabalho. E a feira veio somar porque nosso produto fica conhecido e, ainda por cima, dá para ganhar um trocado”, comenta Maria Jeni, presidente da cooperativa.
![Artesãs da Cooperativa de Mulheres de Rodrigues Alves estreiam seus produtos na feira (Foto: Assessoria FEM)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/08/2013_agosto_thumbnails_thumb_Artess_da_Cooperativa_de_M.jpg)
Viajar meia hora de barco pelo Juruá da Praia da Amizade até Rodrigues Alves. Para as exímias quituteiras do lugar, especialistas em produtos à base de milho, é algo natural. Cerca de 36 famílias residem na comunidade. Elas levaram para a feira pamonha, cuscuz com coco e canjica, e comercializaram ao preço de R$ 2.
“A gente planta o milho, e quando não tem na nossa comunidade buscamos de outras. O nosso produto é bastante aceito. A feira é uma oportunidade que temos de aumentar nossa renda”, disse Maria de Jesus do Nascimento, a “Dona Duda”, como gosta de ser chamada.
Teatro na feira – O momento artístico foi apresentado pelo grupo da oficina de teatro ministrada por Cristian Morais. A turma apresentou a adaptação de “Amo-Te FBS”, de autoria de um dos participantes, o professor Iderlindo Lopes. O amor e a despedida moveram a narrativa, embalada por composições populares. O público lotou a praça para ver de perto o que Rodrigues Alves tem para oferecer embalados pelo som da Banda Bizz.
Uma vitrine de produtos culturais – Assim é a Feira de Economia Criativa, ação do projeto Caravana de Cultura e Humanização, promovido pelo governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e pela Diretoria de Humanização da Gestão, em parceria com as prefeituras.