Equipes de Vigilância do Governo do Estado e distribuição de mosquiteiros impregnados são importantes aliados no combate à doença
Os casos de malária na região do Vale do Juruá apresentaram uma redução de 39% nas três primeiras semanas deste ano se comparados às três últimas semanas de dezembro do ano passado. Os números foram divulgados pela Vigilância Epidemiológica Estadual que mantém 250 pessoas que fazem visitas domiciliares e atuam no combate à doença em toda região. Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves concentram 90% dos casos de malária no estado do Acre. Em 2010 foram registrados 16 mil casos no Vale do Juruá, uma média de 1.200 por mês.
Os agentes de saúde fazem monitoramento constante e embora haja redução dos números, a situação ainda é de alerta. “Nós vivemos um quadro de epidemia e os números são altos se comparados com o número de habitantes de Cruzeiro do Sul”, afirmou a gerente de Endemias, Simone Daniel.
A malária é transmitida pelo mosquito Anopheles que assim como o Aedes aegypti, que transmite a dengue, tem um alto índice de reprodução com a chegada do período das chuvas. Uma das políticas de combate a malária feita pelo governo do Estado e que sempre contou com o apoio do governador Tião Viana quando atuava no Senado é a distribuição de mosquiteiros e cortinados de rede impregnados com inseticida que não prejudicam a saúde humana.
Os primeiros cortinados foram distribuídos pela Secretaria de Saúde do Estado em 2007 na vila Assis Brasil, Macaxeiral, Areal, Santa Luzia, Pentecostes, BR-364, Santa Maria, Belo Monte, Aurora, Carobas, Boca do Moa, Ramal da Mariana e Santa Bárbara. Os critérios para escolha dos locais foram: alto índice de malária em geral, alto índice de Falsiparum, que é um tipo de malária mais violenta e grande número de mulheres grávidas. Em todas essas localidades, houve redução nos casos de malária.
