Corpo de Bombeiros comprova caráter de instituição indispensável nas enchentes de Rio Branco

Com o lema “Vidas alheias e riquezas salvar”, o Corpo de Bombeiros do Estado do Acre (CBMAC) é uma das instituições mais importantes para garantir a segurança e o funcionamento do estado em situações de calamidade. Com as fortes chuvas e enxurradas que atingiram Rio Branco e outros municípios na última semana, todo o efetivo do corporação, inclusive os alunos-soldados, está empenhado em garantir a segurança da população.

A áreas próximas ao Rio Acre, em Rio Branco, são as primeiras a sofrer os efeitos das cheias dos rios. Foto: Cleiton Lopes/Secom

Na manhã desta segunda-feira, 27, uma equipe de bombeiros deu continuidade, nos bairros Habitasa e Taquari, a ações de rotina na capital, com o monitoramento das águas fluviais e pluviais, auxílio a famílias desabrigadas, distribuição de cestas básicas, resgates e salvamentos.

Resgate de pessoas e de bens são algumas das ações realizadas pelos bombeiros militares. Foto: Dhárcules Pinheiro

“Viemos atender uma solicitação dos moradores desses bairros. Recebemos o chamado para resgatar algumas pessoas e também fazer a retirada de bens que podem ser transportados pelo barco”, explicou o sargento Efraim Teodoro, responsável pela condução da missão.

Algumas pessoas fazem a remoção antecipada de móveis e bens, prevenindo-se em caso de que a previsão de mais chuvas se confirme, aumentando o volume de águas.

A equipe atende a chamados telefônicos feitos ao número 193, do Corpo de Bombeiros. Foto: Dhárcules Pinheiro

Francisco Silva é um desses cidadãos. “Tenho três filhos, que consegui tirar de casa. Minha casa é alta, a água não subiu ainda, mas estamos ilhados. Vou ficar na casa de amigos esperando poder voltar”, relatou.

Francisco conseguiu sair de casa com a família e voltou para resgatar alguns bens. Foto: Dhárcules Pinheiro

Em um quadro, os bombeiros militares anotam as ocorrências que chegam à central. Até o momento, o Acre tem mais de 33 mil pessoas atingidas pela cheia e pelas enxurradas. Os alunos do curso de formação do CBMAC foram colocados em ação, para aumentar o efetivo e dar uma resposta célere à população.

Bombeiros anotam em um quadro as ocorrências que chegam à central. Foto: Dhárcules Pinheiro

Sociedade civil também se mobiliza para ajudar

Além de entidades governamentais, a população acreana pode contar também com a ajuda da comunidade e de organizações sociais. Yuri Gadelha faz a sua parte, junto a membros da comunidade do Habitasa. Realizar a doação de alimentos foi a forma que encontraram para poder ajudar.

Yuri Gadelha e outros moradores do Habitasa entregam marmitas e café da manhã a pessoas ilhadas em suas casas. Foto: Dhárcules Pinheiro

“A minha igreja realiza atividades sociais para a população, íamos fazer aqui nessa região, antes das cheias. Nós mantivemos o plano e estamos ajudando como podemos”, explicou.

 

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