Comércio está otimista com vendas neste fim de ano

Locutores de lojas “assediam” e animam consumidores no Centro de Rio Branco (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

“Vamos gastar esse décimo aí, hein, moçada?”. A animação do locutor de loja no calçadão da Benjamin Constant, no centro da capital, não deixa dúvidas: o otimismo do comércio com a expectativa de vendas neste Natal.

Segundo pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC), 76% dos rio-branquenses vão comprar presentes de Natal em 2017.

Ao ser perguntado se o Papai Noel vai dar presentes este ano, o servidor público estadual Jorge da Silva exibe uma enorme sacola e, sem pensar muito, responde: “Já ‘tô’ dando. Olha aqui o ‘pacotão’. A crise não me incomoda, não”.

Com o 13º salário, Jorge da Silva já garantiu as compras de Natal (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Mesmo diante de um cenário de crise financeira nacional, onde os estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins não têm previsão de pagar o 13º ainda este ano, o Acre segue há 19 anos pagando todos os salários em dia.

O governo pagou nesta sexta-feira, 22, o 13º salário do funcionalismo público. Somando o montante pago hoje aos proventos de novembro e dezembro, o Estado injeta mais de R$ 650 milhões na economia acreana, em menos de 30 dias.

Mais dinheiro, mais negócios

Com dinheiro extra no bolso, devido ao pagamento do funcionalismo público do estado, prefeitura de Rio branco e iniciativa privada, o acreano tende a pagar a maioria dos presentes de Natal à vista. Conforme o estudo da Fecomércio/AC, 65% das pessoas ouvidas pela pesquisa vão, de fato, pagar com dinheiro em espécie.

“No Natal tá todo mundo alegre, querendo gastar um pouquinho e presentear as crianças”, afirma Francisco Fernandes (Foto: Alexandre Noronha/Secom)

Essa circulação de dinheiro tende também a aquecer ainda mais os micro e pequenos empreendimentos.

O vendedor Francisco Fernandes espera vender mais que no ano passado. “Em alguns períodos do mês, é mais devagar. Mas no Natal tá todo mundo alegre, querendo gastar um pouquinho e presentear as crianças. Seu filho, sobrinho, neto. E assim ‘as coisa’ vai melhorando, né?”, diz.

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