Jordão foi o segundo município visitado pelo governador Gladson Cameli nesta quinta-feira, 29, em uma agenda que percorreu as cidades atingidas pela cheia dos rios no estado.
A cidade é uma das de difícil acesso do estado e uma das mais atingidas pela cheia dos rios acreanos, chegando a ter 80% da população afetada. O prefeito da cidade, Naudo Ribeiro, decretou situação de calamidade pública devido aos estragos. Nesta quinta, as águas já baixaram, mas o trabalho agora é de recuperação.
Na visita, o governador percorreu as áreas atingidas pela água e visitou o prédio da prefeitura onde está funcionando o hospital da cidade, que também foi alagado.
Cameli agradeceu o empenho de todos os servidores e reforçou que todos os esforços estão concentrados na recuperação da cidade junto ao governo federal e às prefeituras.
“Minha obrigação é estar aqui. Faça todos os levantamentos do que está sendo necessário e minha equipe e eu vamos ajudar. O senhor não está sozinho, e preciso de todos para virarmos essa página”, disse ao se dirigir ao prefeito.
O gestor municipal agradeceu a visita do governador e destacou a importância dele se fazer presente.
“A nossa população indígena é a maior preocupação. Todas as aldeias foram alagadas e perderam todas as plantações. É uma situação crítica, mas temos mantido contato com o governo estadual, que tem nos dado todo o apoio necessário para que possamos atender essas famílias, e isso fortalece muito a gente que está nos municípios. O governador tem nos ajudado bastante”, disse.
A secretária Francisca Arara, titular da pasta dos Povos Originários, também participou da agenda e destacou que ouviu todas as demandas e que o essencial nesse primeiro momento, que é alimentação, já está sendo providenciado.
“Viemos ver a situação. Estamos sentando com os indígenas para informarmos o que o Estado está fazendo nesse primeiro momento, que é essa ação emergencial de trazer cestas básicas, kits de higiene, limpeza e redes. E também pensar na logística”, explicou.
Francisca destacou também que é preciso pensar no pós-enchente e que uma mobilização está sendo feita, englobando representantes estaduais, federais e municipais.
“Nós temos material, temos alimentação, e estamos pactuando com as prefeituras, vereadores e lideranças de como essas comunidades devem ser atendidas da melhor forma possível e sempre pensando também no pós-enchente”, destacou.
Jordão foi um dos municípios mais atingidos pela cheia do rio e, neste momento que as águas baixaram, é hora da reconstrução. Por orientações dos engenheiros, a reforma do hospital da cidade deve ocorrer dentro de um mês, pois ainda há água minando no solo.