Buscas com o auxílio dos animais começaram nesta terça-feira
Mergulhadores da Força Nacional de Segurança e Bombeiros Militares do Acre que vasculham as margens do Rio Acre há quase um mês à procura de indícios dos restos mortais do Garoto Fabrício Augusto da Costa acabam de ganhar substancial reforço na equipe. No último fim de semana, chegaram à capital do Acre os dois cães farejadores esperados pela Secretaria de Segurança Pública para auxiliar nas buscas.
Os animais, da raça Labrador, têm três anos de idade. Chamam-se Hana e Pretinha. São cachorros experientes em missões de buscas de corpos com atuação de sucesso no Rio de Janeiro, tendo identificado corpos nos destroços dos desmoronamentos de Nova Friburgo e Teresópolis e em Santa Catarina.
Os cães pertencem ao patrimônio da Força Nacional de Segurança e vivem no canil dos Bombeiros Militares em Goiás. São cuidados exclusivamente pelos sinoténicos cabo BM Costa e sargento BM Vitorino.
A crença no sucesso dos animais está na própria genética da raça. "Eles têm uma capacidade olfativa de 250 milhões de vezes e capacidade auditiva 16 vezes em comparação aos humanos."
O sargento Vitorino faz a seguinte comparação: "Se nós sentimos o cheio de uma feijoada, por exemplo, o cão Labrador identifica o cheiro de todos os temperos usados na feijoada. Temos certeza de que, se houver ossos humanos aqui, eles vão encontrar", garante o militar
Ficam no Acre o tempo necessário
O secretário de Segurança Pública, ReniGraebner, disse que a estadia dos animais no Acre não tem tempo definido. Além da missão da busca pelos possíveis restos mortais de Fabrício, há outras demandas determinadas pelo Judiciário.
"O governador do Estado tem dado todas as condições técnicas necessárias para as equipes de buscas. Tem feito gestões junto ao Ministério da Justiça que já redundaram na entrada da Polícia Federal. Conseguiu adesão da Força de Segurança Nacional e agora a vinda desses cães", afirmou.
Se necessário, poderá vir para auxilio das buscas um equipamento que está sendo usado na procura por restos mortais na região do Araguaia. "Pela informação que temos, o equipamento detecta ossos com até 200 metros de profundidade."