O governo do Acre entregou nesta quarta-feira, 10, no auditório da Fieac, o 3º Prêmio Estadual de Direitos Humanos, que teve como vencedores o Centro de Defesa dos Direitos Humanos e Educação Popular do Acre (CDDHEP), na categoria “Instituição”, e o palestino Abrahim Farhat, o “Lhé”, na categoria “Personalidade”.
Entusiasta do prêmio e um defensor assumido do Estado do Direito, o governador Tião Viana ressaltou que a caminhada para construir um mundo de paz é longa, mas deve ser feita. “E essa premiação é uma hora de reconhecimento a quem luta pelos direitos humanos. Essas pessoas têm um histórico de vida lindo e participaram de momentos marcantes da história do Acre. Merecem muito mais”, disse o governador Tião Viana.
O prêmio também representou o fim da Semana de Direitos Humanos, organizada pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). O secretário Nilson Mourão destacou a importância desse trabalho: “Os que nos procuram são pessoas dilaceradas, e nós temos a obrigação de ajudá-las”.
Vencedor do prêmio, “Lhé” tem uma história de luta em diversos campos, desde contra a opressão no Acre até a liberdade de sua terra natal, a Palestina. Ele ressaltou que o dia não era especial apenas por causa do prêmio, mas por a Comissão da Verdade ter entregado à presidente Dilma o documento de violências cometidas durante o período do regime militar no Brasil. “Hoje é um dia importante para a nossa luta.”
Representando o CDDHEP, a militante há três décadas Raimunda Bezerra aproveitou para agradecer principalmente aqueles que fazem o centro continuar forte em seu trabalho de apoio a pessoas oprimidas. “Quero agradecer aos trabalhadores do CDDHEP, sem os quais o centro não vai para frente”, disse Raimunda, que aproveitou para condenar as atitudes do deputado federal Jair Bolsonaro, que ofendeu na segunda-feira, 10, a deputada e ex-ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário. Um manifesto contra o parlamentar também aconteceu no evento.
