Objetivo do governo do Acre é estimular pequenos empreendimentos e fazer crescer a economia comunitária
O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, inaugurou nesta quarta-feira, 2, a casa de farinha modelo do Ramal Dezessete, no Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Wilson Lopes, em Sena Madureira. A unidade, que produzirá a Farinha Acre, faz parte do programa "102 Casas de Farinhas", financiado pela Fundação Banco do Brasil e o governo do Acre em parceria com a prefeitura do município. Foram investidos R$ 34 mil nessa unidade, que permite, pelo rigor na higienização desde a colheita, a torragem e a embalagem, comercializar produtos de alta qualidade.
O Banco do Brasil participa do projeto com recursos da carteira de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que financia em todo o país ações capazes de gerar emprego e renda através de projetos ambientalmente sustentáveis.
O objetivo, ao estimular os pequenos empreendimentos, é projetar importantes impactos na economia comunitária. "Esta casa de farinha é um empreendimento que vai trazer mais qualidade de vida para as famílias rurais de Sena Madureira”, afirmou Lourival Marques. O secretário acrescentou que a meta é aumentar a produtividade com a introdução de tecnologia através da mecanização da produção. Já na próxima semana será discutida com a comunidade a programação para a mecanização de 30 hectares para plantio de macaxeira. Lourival Marques anunciou também a recuperação e melhoria dos ramais que dão acesso à casa de farinha.
Segundo o presidente da Associação de Produtores Rurais Vitória, Daniel Ferreira Matias, a perspectiva de produção é de oito toneladas de farinha ao mês, com renda de cerca de um salário mínimo para cada uma das 25 famílias inicialmente envolvidas no projeto, que busca, acima de tudo, a valorização dos produtos da agricultura familiar e a segurança alimentar. Daniel se mostrou otimista, já que a melhoria do ramal, reivindicação da comunidade, foi assegurado pelo governo do Acre.
A farinha, de acordo com técnicos da Seaprof, tem 25% de participação na renda da agricultura familiar. Entre outros cuidados, a Seaprof criou a logomarca da farinha. Agricultores e envolvidos na cadeia produtiva participaram dos cursos de Formação Inicial e Continuada em Melhoramento e Beneficiamento da Farinha, que os prepararam para a implantação das casas.
José Carlos Reis, que deve ocupar a pasta de Pequenos Negócios, acompanhou a solenidade e conversou com representantes da associação de produtores e da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Acre (Fetacre) e produtores familiares presentes. De acordo ele, o objetivo é ajudar na consolidação das cadeias produtivas através de capacitação, de elaboração de plano de negócios e de financiamentos.
O que eles disseram
{xtypo_quote}Faz nove anos que trabalhado na propriedade produzindo principalmente farinha. Faço do jeito que aprendi com meu pai de um modo bem diferente do que aprendemos aqui. Agora vamos ter mais qualidade. Antes, vendia uma saca de farinha por 40 reais e hoje ela chega a custar até 150.
Alan Kadert Araújo, produtor rural{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}Reafirmamos a nossa parceria com o governo do Estado porque acreditamos que somente unidos podemos trazer melhorias para a comunidade. Assim podemos ajudar e as coisas acontecem.
Manoel Augusto da Costa, prefeito de Sena Madureira{/xtypo_quote}
{xtypo_quote}Estou satisfeito porque a comunidade hoje tem alternativa para beneficiamento da macaxeira e, assim, conseguir preço melhor para a farinha que a gente produz.
Daniel Ferreira Matias, presidente da Associação de Produtores Rurais Vitória{/xtypo_quote}