O governo do Estado, por meio do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), acabou com a falta de água do bairro Calafate. Atualmente, 100% das residências recebem água tratada e de qualidade em tempo integral, diariamente.
“Depois de vários anos de sofrimento, pensei que isso nunca seria possível. É um sonho para nós ver água saindo das torneiras. Agora não temos mais que ficar acordados durante a noite esperando a água cair”, afirma o representante da regional Calafate, Pedro Girão Oliveira.
O fornecimento de água para o bairro e entorno era feito em sistema de intermitência, ou seja, em dias ou semanas alternados.
“O governo tem a consciência de que o serviço de água é um item de primeira necessidade. Por isso, unimos esforços e fizemos um sistema de abastecimento para atender exclusivamente os moradores do Calafate e entorno. Usamos equipamentos já existentes no Depasa e obtivemos uma economia de mais de meio milhão de reais”, esclarece Wescley Sousa, gerente de Produção e Distribuição de Água do Depasa.
Ação aproxima governo e comunidade
“Não temos palavras para agradecer ao governo do Estado, que, por meio do Depasa, atendeu nossa reivindicação. Isso trouxe qualidade de vida para milhares de famílias do bairro”, destaca Emerson Tomaz, representante do bairro Itatiaia, que também foi beneficiado com a ação.
Segundo Tomaz, antes, os moradores tinham que recorrer a caminhões-pipas. “Somos mais felizes hoje ao fazermos ações simples, como tomar banho na hora que quisermos. A água trouxe também mais saúde para nossas crianças”, relata.
Problemas com o desperdício
Agora, os moradores da localidade convivem com o outro problema: o desperdício de água. “Antes, reclamávamos da falta dela. Hoje, reclamamos do desperdício. Sentimos a necessidade urgente de uma campanha de conscientização para aqueles moradores não comprometidos em evitar o desperdício”, desabafa Pedro Girão Oliveira.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o país desperdiçava, em 2013, ano do último levantamento disponível, 37% da água que produz. Isso quer dizer que, de toda a água captada nos rios e mananciais e tratada no Brasil, 37% se perdiam em vazamentos nas tubulações ou ligações clandestinas.
Entre as 100 maiores cidades brasileiras, 84 perdem mais de um quarto da água que produzem. O Instituto Trata Brasil, referência em pesquisas sobre saneamento básico no país, fez um estudo para calcular quanto custam essas perdas. O valor é assustador – mais de R$ 8 bilhões, somente em 2013. Para se ter uma ideia do quanto isso representa, em 2013, os investimentos em saneamento feitos por todo o Brasil somaram R$ 10 bilhões.