O projeto da Cidade do Povo, que prevê a construção de mais de 10 mil moradias para famílias de várias faixas etárias de renda no Acre, tem o apoio da Caixa Econômica Federal, instituição reconhecida nacionalmente por seu trabalho na área de financiamentos de imóveis e parceria do governo do Acre em projetos dessa natureza.
Em entrevista exclusiva à Agência de Notícias do Acre, o superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Anacleto Grosbelli, falou sobre o projeto do governo que visa acabar com o déficit habitacional e dar moradia digna e com infraestrutura para milhares de famílias acreanas.
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Déficit habitacional, emprego e renda – Grosbelli afirmou que todos os projetos que promovam a redução do déficit habitacional, a inscerção social, a diminuição da miséria e que deem dignidade para a população são abraçados pela Caixa. “Ainda mais quando a execução promove o crescimento da construção civil e o fomento da economia com a geração de emprego e renda”, completou.
O superintendente da Caixa completa ressaltando: “Um empreendimento dessa magnitude demanda forte interlocução entre diversas áreas governamentais e órgãos reguladores, que possibilitem numa ação parceira, o alcance do resultado proposto”.
Parcerias que dão certo – Anacleto Grosbelli observou que uma parceria consolidada entre governo do Acre e Caixa é a que promove o desenvolvimento do Programa Minha Casa, Minha Vida. “A Caixa realiza parceria com Estados e municípios. No âmbito do Acre, essa parceria busca o entendimento e melhor solução para os envolvidos e o cumprimento dos objetivos do programa.”
O maior programa habitacional do Acre
Os investimentos em habitação para famílias de baixa renda e famílias de classe média estão entre as prioridades do governo do Acre desde a gestão do governador Jorge Viana, seguiram na gestão de Binho Marques e consolidam-se na gestão de Tião Viana com a construção da Cidade do Povo.
Até o fim deste ano, a Secretaria de Habitação (Sehab) e a Secretaria de Obras Públicas (Seop) asseguram que o governo, em apenas dois anos, chegará à marca da entrega de 10.116 unidades habitacionais. Os beneficiários estão em diversos municípios.
O governador Tião Viana encerrou seu primeiro ano de governo em dezembro passado, e na ocasião foi registrada, apenas naquele mês, a entrega de mais de 4.200 moradias.
Cidade do Povo – uma cidade planejada no meio da Amazônia
O projeto recebeu esse nome por contemplar o povo. De acordo com o secretário de Obras do Estado, Wolvenar Camargo, todo o projeto foi desenvolvido para facilitar a acessibilidade dos moradores e respeitando a necessidade de quem viverá na região.
A cidade projetada será construída numa área localizada na BR-364. O empreendimento tem proporções similares a de uma cidade, sendo maior que a área urbana de Sena Madureira, por exemplo.
O secretário assegurou que tudo precisa ser planejado com muito estudo e atenção. Um dos pontos que são prioridade na Cidade do Povo é o transporte, que atualmente tem se destacado como o maior problema das grandes cidades. Tudo é planejado – desde o número de salas de aulas ao número de creches, delegacias e demais instituições que prestam atendimento ao cidadão.
Facilidade de acesso
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Na Cidade do Povo tudo é planejado – desde o número de salas de aulas ao número de creches, delegacias e demais instituições que prestam atendimento ao cidadão
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Ao apresentar o projeto da obra, Wolvenar Camargo revelou que na avenida principal – eixo principal – da Cidade do Povo haverá uma área institucional que inclui um terminal de transportes. Segundo ele, será uma grande praça da cidade.
Na planta da obra há mapas que informam onde deverá ficar cada instituição. Camargo explica que o acesso deve ser sempre facilitado a cada raio de 500 metros, de modo que o morador possa se deslocar caminhando ou de bicicleta, tendo em vista que os moradores serão famílias com renda de zero a três salários mínimos e, portanto, devem ser evitados gastos com transporte.
As 10.500 famílias que serão deslocadas para a Cidade do Povo já vivem na capital e estão distribuídas em vários bairros. “Essas pessoas estão espalhadas em vários bairros, em áreas de risco. Com esse projeto, elas se mudarão para um local seguro e com infraestrutura adequada.”
A cidade também terá estação de tratamento de esgoto, drenagem, vias pavimentadas e toda a infraestrutura que existe numa cidade. As menores vias púbicas da cidade, por exemplo, terão em média sete metros – tamanho igual ao da maior parte das grandes vias de Rio Branco.
