Bombeiros relembram a enchente de 2015 e o que mudou desde então

Maior enchente da história atingiu cinco cidades do interior e 53 bairros da capital (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
A maior enchente do Acre atingiu cinco cidades e 53 bairros da capital (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Há exatos 366 dias, o nível do Rio Acre alcançava a cota de 18,40 metros e a população vivenciava a maior enchente da história recente.

A Defesa Civil do Estado e do Município e o Corpo de Bombeiros lembraram a imprensa, na manhã desta sexta-feira, 4, sobre o episódio e relataram o que mudou e avançou desde então.

Só na capital, as águas do Rio Acre afetaram quase um terço da população de Rio Branco, atingindo 53 bairros, 900 ruas, 31 mil edificações e 102 mil pessoas. O desastre natural fez com que o governo do Estado criasse 31 abrigos públicos, que receberam mais de 10 mil pessoas.

Remoção de moradores de áreas de risco

Desde a 3ª grande enchente, em 2012, foram entregues 3.003 casas para moradores de áreas alagadiças (Foto: Arquivo Secom)
Desde a terceira grande enchente, em 2012, foram entregues 3.003 casas para moradores de áreas alagadiças (Foto: Arquivo Secom)

Nas enchentes de 2012 e 2015, a Defesa Civil realizou todo o levantamento necessário relacionado às áreas atingidas, por meio dos relatórios de Avaliação de Danos (Avadan), documento em que delimitam uma área de risco e solicitam ao Estado que remova as famílias desses locais. Foi estipulado um perímetro de segurança, interditando todos os imóveis localizados abaixo da cota de 14,90 metros.

Em posse dos Avadans, o governo do Estado elaborou projetos habitacionais e angariou recursos para a construção dessas novas casas em locais seguros.

“Observamos que o governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco fizeram ações conjuntas nessas áreas de risco, retirando mais de três mil famílias e instalando-as em locais seguros. Além disso, foram demolidas mais de 2.600 casas. Se houver outra grande inundação, o impacto será menor, porque há menos famílias em áreas de risco”, observou o coordenador Estadual da Defesa Civil, coronel Carlos Batista.

Momento tranquilo

“Hoje, exatamente um ano após, o Rio Acre encontra-se no nível de 10,61 metros e com tendência de vazante, desde Brasileia a Rio Branco. Isso é um fator alentador para nós, mas continuamos atentos e monitorando o volume de chuvas, porque de janeiro a abril é o período de chuvas e há 41% de chances de ocorrer uma enchente. Mas, a cada dia que se passa, diminui essa probabilidade”, observou o coronel George Santos, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco.

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