O nível do Rio Acre continua baixando significativamente. Na manhã deste sábado, 6, o manancial registrou a marca de 1,37 metro, segundo medição realizada pela Defesa Civil. Este é o menor nível já registrado desde a série histórica de 1970.
Na última quinta-feira, 4, foi publicada no Diário Oficial da União, a portaria que reconhece a situação de emergência em nove cidades do Acre (Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Epitaciolândia, Plácido de Castro, Porto Acre, Rio Branco e Xapuri).
Com o decreto, o Acre passa a receber apoio direto de órgãos federais. O plano de ação de emergência foi traçado pela Defesa Civil Estadual e Municipal e demais órgãos ambientais das esferas federal, municipal e estadual.
O governo, por meio do Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa), segue executando o Plano de Contingência de Abastecimento, implementado em julho. Novas medidas deverão ser adotadas em possível agravamento do cenário de seca, caso o manancial registre a marca de 1,25 metro em Rio Branco.
Paralelamente às ações do plano, o governo também realiza a campanha “Nós contra o Desperdício”, que visa conscientizar a população sobre o uso racional de água.
As ações educativas e de fiscalização estão sendo promovidas nos bairros da capital.
Queimadas
Com o agravamento do período de estiagem, o índice de focos de calor em todo o estado também aumenta. De julho até agosto, o Acre já registrou 533 queimadas, entre urbanas e rurais, de acordo com os dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden).
Feijó, seguido de Rio Branco, Tarauacá, Manoel Urbano, Sena Madeira e Cruzeiro do Sul, lidera o ranking de focos de calor em todo o estado.
O Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e demais órgãos ambientais promovem ações educativas sobre os perigos das queimadas.
Com o aumento dos focos de calor, medidas mais severas serão adotadas, onde crimes ambientais estão sendo fiscalizados, e os responsáveis, autuados, como previsto em lei.
Um termo de cooperação técnica entre a Polícia Militar do Acre (PMAC), o Corpo de Bombeiros e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), foi assinado na última sexta-feira, 5, entre os órgãos para desenvolver ações conjuntas de fiscalização e educação ambiental nos projetos de assentamento em Rio Branco.
Além disso, foi realizada uma operação de fiscalização que contou o com o reforço do helicóptero Hárpia 01, no intuito de coibir crimes ambientais e combater as queimadas urbanas e incêndios florestais na capital.