Desde o último fim de semana, o nível do Rio Acre, na capital, tem baixado significativamente. Nesta quarta-feira, 20, o manancial registrou a marca de 1,68 metro, segundo medição da Defesa Civil, sendo a menor cota já registrada, neste mesmo período, nos últimos 40 anos.
Se continuar nesse ritmo, o Rio Acre irá atingir seu nível máximo de criticidade em meados de setembro. De acordo com dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), o quadro hídrico do estado apresenta ausência de chuva para os próximos 15 dias, o que agrava a seca.
Para garantir a produção e o abastecimento em Rio Branco, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) vai realizar obra para novo acesso de captação na Estação de Tratamento de Água (ETA I).
O decreto de Situação de Emergência, publicado pelo governo do Estado, está em fase de validação pelo Ministério da Integração e Defesa Civil Nacional. A medida abrange toda a bacia do Rio Acre e foi tomada em decorrência a forte seca que afeta o Acre, a maior já registrada nos últimos 45 anos.
A medida visa, principalmente, a manutenção do abastecimento de água. Com a aprovação, o Acre passa a receber apoio e recurso direto do governo federal para superar o momento de crise e amenizar os prejuízos ocasionados pela seca.
O governo do Estado, por meio do Departamento de Saneamento e Pavimentação (Depasa), tem planejado e executado todas as medidas necessárias para que o abastecimento de água não seja comprometido, mas a conscientização da população é essencial. O desperdício de água deve ser evitado e o recurso natural, utilizado de maneira racional.
As queimadas urbanas e incêndios florestais estão sendo monitoradas pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema) e demais órgãos ambientais. A prevenção, combate e controle têm sido priorizados pelo governo do Estado, que vem intensificando o combate ao desmatamento no Acre, principalmente no período de estiagem.
Rio Madeira
No distrito do Abunã, em Porto Velho (RO), local de travessia das bolsas na BR-364, o Rio Madeira registrou, no início da semana, a marca de 10,61 metro.
O nível do manancial não compromete o fluxo de veículos durante as travessias. Em média, 250 veículos passam diariamente no local, que é a única via de integração entre o Acre e o restante do país.
Em decorrência da formação de uma praia do lado direito do porto do Rio Madeira, a administração das balsas ampliou em 50 metros a rampa de atracamento, para evitar possível encalhamento das embarcações.