O nível do Rio Acre continua baixando. Na manhã desta segunda-feira, 1, o manancial registrou a marca de 1,45 metro, em Rio Branco, segundo medição realizada pela Defesa Civil. Este é o menor nível já registrado nos últimos 45 anos.
A menor cota registrada anteriormente foi de 1,50 metro, no dia 11 de setembro de 2011. A situação do principal manancial do estado, responsável pelo abastecimento de nove municípios, é bem crítica, uma vez que as previsões indicam o agravamento do período de estiagem até setembro.
A baixa umidade do ar e o aumento da temperatura influenciam diretamente na evaporação dos corpos de água, o que gera uma queda brusca do nível dos rios acreanos.
Outra preocupação são as queimadas urbanas e incêndios florestais, que em decorrência da seca aumentam e ganham proporções maiores.
Para garantir a produção e o abastecimento em Rio Branco, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) abriu um novo acesso de captação do Rio Acre, na Estação de Tratamento de Água (ETA I) e, se necessário, vai iniciar o racionamento da distribuição de água, por isso a importância da conscientização do não desperdício.
Na iminência de ser reconhecido pela Defesa Civil Nacional e pelo Ministério da Integração, o Decreto de Situação de Emergência da Bacia do Rio Acre – assinado pelo governador Tião Viana no início do mês – vai assegurar recursos para que o governo adote medidas necessárias para manter o abastecimento e minimizar os danos da seca.
O Estado tem planejado e executado todas as medidas necessárias para que o abastecimento de água não seja comprometido, mas a colaboração da população é essencial. O desperdício de água deve ser evitado e o recurso natural, utilizado de maneira racional.
As queimadas urbanas e incêndios florestais estão sendo monitorados pela Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema) e demais órgãos ambientais.
A prevenção, o combate e o controle têm sido priorizados pelo governo do Estado, que vem intensificando o combate ao desmatamento no Acre, principalmente no período de estiagem.
Os crimes ambientais estão sendo fiscalizados, e os responsáveis, autuados, como previsto em lei. Operações de fiscalização e repressão são realizadas em todo o estado diariamente pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer)