Uma equipe do Banco Mundial está no Acre para avaliar as ações do Programa de Desenvolvimento Comunitário (PDC) implantado por meio do Programa de Desenvolvimento Comunitário Sustentável do Estado do Acre (Proacre).
Durante toda a segunda-feira, 18, a equipe do banco, acompanhada de representantes da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Secretaria de Planejamento e Secretaria de Meio Ambiente, conheceu os resultados dos investimentos realizados na comunidade do Seringal Rio Branco, localizada na Reserva Extrativista Chico Mendes em Xapuri.
No local, 43 famílias foram beneficiadas com investimentos superiores a R$ 95 mil, oriundos do Banco Mundial. O dinheiro é usado para melhorar a qualidade de vida das populações tradicionais, por meio de investimentos que propiciem aumento da produção, geração de renda, maior oferta dos serviços de saúde e educação, e respeito ao meio ambiente. No PDC, a própria comunidade decide quais os investimentos são prioritários.
Durante o encontro, a equipe do Banco Mundial teve a oportunidade de conversar com os extrativistas e avaliar as mudanças resultantes dos investimentos. “O PDC está sendo muito útil para a nossa comunidade. Há equipamentos que fazem com que os produtores consigam produzir mais sem destruir o meio ambiente”, destaca Luciano de Lima, presidente da associação de moradores.
O extrativismo ainda é a principal fonte de renda das famílias no local, por meio da extração da borracha e da coleta da castanha.
Novas técnicas produtivas
Uma das finalidades dos recursos do PDC é incentivar que as comunidades atendidas pelo programa possam desenvolver novas técnicas produtivas que aliem aumento da produção com respeito ao meio ambiente.
Foi o que a equipe observou durante visita à área do produtor rural Raimundo Mendes de Barros, o Raimundão. No local, há um plantio consorciado de seringueiras, banana e feijão. Tudo sem o uso do fogo ou de produtos agrotóxicos. “Esses apoios mudam a história da comunidade. Quem conheceu esse lugar anos atrás percebe a melhoria na qualidade de vida das pessoas que moram aqui”, afirma o produtor.
A equipe do Banco Mundial é formada por três pessoas: Luís Dias, economista agrícola, Agnes Velloso, especialista em salvaguardas ambientais, e Alberto Costa, especialista em serviço social. Da visita, será produzido um relatório sobre os resultados dos investimentos na comunidade. As impressões foram positivas. “Aqui houve uma identificação. Existe muita gente interessada em trabalhar, e a comunidade é organizada. Falta, talvez, definir quais são as apostas da comunidade para continuar crescendo”, explica Luís Dias.
