Especialistas do Banco Mundial estão no Acre acompanhando o resultado de investimentos realizados em parceria com o governo do Estado, por meio do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (ProAcre).
O programa tem por objetivo ampliar a presença do Estado nas comunidades mais isoladas, fomentando a produção familiar, respeitando o meio ambiente e melhorando a qualidade de vida dos produtores.
Durante a quarta-feira, 15, representantes do banco realizaram uma visita técnica à comunidade Bom Jesus, localizada no Projeto de Assentamento Moreno Maia, no quilômetro 40 da Transacreana.
As 69 famílias da região foram beneficiadas no ano passado com um investimento de R$ 117 mil na aquisição de equipamentos como plantadeiras e roçadeiras, kit de casa de farinha e cursos de capacitação, investimentos que mudam a vida de pequenos produtores.
É o caso do agricultor Aldo Oliveira, que com a ampliação da casa de farinha teve a oportunidade de aumentar sua produção.
Hoje, Oliveira produz por mês seis toneladas de farinha. Outra fonte de renda é a produção de goma, que já chega a 600 quilos por semana.
“Esses equipamentos para a comunidade são de grande importância. A gente consegue produzir com mais qualidade. Hoje meu produto, tanto a farinha quanto a goma, já sai embalado, pronto para ser comercializado”, afirma Oliveira.
Especialista do Banco Mundial afirma que Acre é modelo
Além de uma reunião com os produtores rurais, os representantes do Banco Mundial fizeram questão de conhecer algumas das experiências produtivas da região.
Visitaram lavouras de mandioca e feijão. Uma das exigências da parceria é o respeito ao meio ambiente. Todo o sistema produtivo é realizado sem o uso do fogo e sem o desmate de novas áreas.
Adriana Moreira, gerente de projetos do Banco Mundial, afirmou que considera referência a parceria com o Acre. “O trabalho feito aqui é de muita qualidade. Eu considero um modelo no que se refere a uma agricultura mais agroecológica, já que o Acre ainda tem mais de 80% das suas florestas preservadas”, diz Adriana, que tem experiências do mesmo trabalho em outros países da América Latina, na África e na Ásia.
Maria Lucinda Lima, coordenadora do ProAcre na Seaprof, acompanhou a visita dos representantes do banco. “É muito importante esse acompanhamento, porque o Banco Mundial consegue verificar o quanto esses recursos estão sendo bem aplicados e sua importância para melhorar a qualidade de vida das famílias beneficiadas”, afirmou.