Dados dos últimos seis meses apontam queda significativa e indicam proximidade com meta prevista para 2010
Se comparado com o mesmo período de 2007, os primeiros seis meses deste ano trazem, para o setor de endemias do Acre, uma resposta satisfatória das ações enérgicas desenvolvidas pelo Governo do Estado para o combate e controle da malária. Até agora, os números apontam para uma queda de 42,7% em relação aos meses de janeiro a junho do ano passado, quando foram registrados, em média, 24 casos por mil habitantes.
Reorganização do serviço, melhoria no atendimento e da rede diagnóstica, controle dos vetores e serviços melhorados e intensificados fazem parte da política de combate à doença anunciada pelo governador Binho Marques para conter os casos da malária, que afetam principalmente a região do Vale do Juruá.
A região concentra 86% dos casos da doença do Estado. Entre os 14% restantes, os municípios de Plácido de Castro, Acrelândia, Senador Guiomard e Tarauacá são os que, levando em conta a proporcionalidade da população, são foco de maior atenção da rede de saúde.
Para a coordenadora de endemias do Departamento de Ações Básicas de Saúde do Estado (Dabs), Izanelda Magalhães, o controle da malária é um processo gradativo, e a continuarem os trabalhos desenvolvidos a partir dessa decisão política de reduzir a doença, o Acre irá alcançar o objetivo de sair da situação atual de médio risco. "O trabalho está sendo feito desde 2006, quando registramos uma epidemia. Por isso, a decisão política de atuar contra a doença e que vem surtindo efeito. Este ano vamos na contramão da história – junho foi o primeiro mês desde 2005 em que se verificou o menor número de casos mensais", disse.
O secretário de saúde do Estado, Osvaldo Leal, afirma que o momento é de comemoração se forem considerados os dados dos seis primeiros meses de 2008. "O normal é que esses índices aumentassem, mas, ao contrário, diminuíram. Mantendo-se essa redução, a gente atinge a meta de 2010 ainda este ano", comemora Leal, enfatizando que o Estado irá intensificar as ações no período do verão para que durante o inverno haja baixa transmissão e menos vetores.
Novos veículos e equipamentos serão enviados ao Juruá. Somente nos municípios da região, 470 agentes de saúde trabalham no controle da malária com ações de borrifação e orientação aos moradores sobre como evitar áreas de proliferação e incidência do mosquito transmissor da doença. "Queremos fazer uma boa cobertura e derrubar ainda mais os indicadores", disse o secretário.
