Baixa umidade relativa do ar exige cuidados especiais com a saúde

Não exposição ao sol e a umidificação dos ambientes podem amenizar os sintomas das principais doenças

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Baixa umidade relativa do ar e fumaça concentrada exigem cuidados com a saúde (Foto: Luciano Pontes/Secom)

Idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias são os que mais sofrem nesta época do ano. A baixa umidade relativa do ar, combinada aos baixos índices pluviométricos, a relativa intensidade dos ventos e alta concentração de poluentes provoca o aumento de casos de complicações respiratórias. Em Rio Branco, nas unidades de pronto-atendimento, já é significativo o número de atendimentos relacionados ao aumento da concentração de fumaça. Cerca de 30% das consultas médicas têm relação com doenças respiratórias.

“A procura por atendimento tem resultado no aumento da demanda nas unidades de saúde em torno de 25 a 30%. As unidades já estavam preparadas para o verão amazônico, período no qual cresce o número de doenças respiratórias, em razão do clima seco, com mais medicamentos e profissionais. Os números refletem que mais pessoas têm tido problema em decorrência da inalação de fumaça”, destacou o secretário de Saúde, Osvaldo Leal.

O secretário salienta ainda que a orientação é de que na ocorrência de qualquer dificuldade respiratória, as pessoas devem procurar as unidades de saúde para obter tratamento adequado.

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Secretário de Saúde, Osvaldo Leal, visitou sala de situação acompanhado do Secretário de Meio Ambiente, Eufran Amaral (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Dentre os principais sintomas estão a tosse seca, cansaço, ardor nos olhos, nariz e garganta e ainda falta de ar e respiração ofegante. Considerados como grupo de risco, as crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias e cardíacas, podem sentir os efeitos mais graves e apresentar riscos de manifestações das doenças.

De acordo com o Boletim dos Focos de Calor e Clima, divulgados diariamente pela Secretaria de Meio Ambiente, não há previsão de chuva para os próximos seis dias. Na capital, a umidade relativa do ar deve manter-se entre 20 e 60%, e nestes casos a recomendação é de que as pessoas evitem exercícios físicos ao livre nos horários de maior incidência de raios solares. E também a umidificação dos ambientes através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água, além de ficar sempre que possível em locais protegidos do sol. Além dessas medidas é recomendável usar colírio de soro fisiológico ou água boricada para os olhos e narinas e beber muita água.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), índices de umidade relativa do ar menores que 30% caracterizam estado de atenção, entre 20% e 12% significam estado de alerta e abaixo dos 12% é considerado estado de alerta máximo.

Entre os dias 14 e 18 de agosto foram registrados no Acre 384 focos de calor. Estes dados são do sistema de monitoramento de focos de calor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Eufran Amaral, secretário de Meio Ambiente, destaca que durante último fim de semana foi registrada uma tendência de aumento dos focos de calor. “Diariamente realizamos duas reuniões, e efetivamos o aumento da fiscalização em cima dos dados registrados. Neste fim de semana as ações de repressão do Imac e do Ibama, serão fortalecidas com o apoio da Polícia Federal”.

Eufran salientou ainda que as autorizações de queimadas foram suspensas em razão do decreto de estado de alerta ambiental, e com isso todas as queimadas são ilegais. No mesmo documento o governador Binho Marques criou também a Sala de Situação, que funciona no Gabinete do Governador. Neste espaço os responsáveis pela área ambiental do Estado acompanha em tempo real da situação.

{xtypo_rounded2}O ar muito seco é prejudicial à saúde. O que fazer para aliviar os efeitos da secura? Aqui estão algumas dicas*:

– Beba mais água do que o normal, ou outros líquidos não alcoólicos

– Molhe  a boca e narinas com água, várias vezes durante o dia (a parte interna das narinas pode ficar muito ressecada e o esforço de assoar o nariz pode causar o rompimento dos delicados vasos sanguíneos, o que gera sangramento)

– Atenção com os olhos porque também tendem a ficar ressecados. Molhe-os com água ou use colírios adequados.-Atenção especial com as crianças e pessoas idosas, não apenas com a situação de ar muito seco, mas com o calor e o sol em excesso.

– O uso de aparelhos umidificadores dentro de casa também aumenta os níveis de umidade no ambiente, deixando-os em padrões confortáveis para a saúde humana.

– Panos molhados nos cantos do ambiente interno ou bacias com água ajudam a aumentar a umidade do ar.

– O uso de cremes hidratantes no corpo ajuda a renovar a umidade da pele que também tende a ficar ressecada na situação de índices de umidade do ar muito baixos.

*Fonte: ClimaTempo

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