[vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”335275″ parallax_speed_bg=”1″ css=”.vc_custom_1524519689796{margin-top: -250px !important;}”][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” el_class=”red darken-4″ css=”.vc_custom_1523554452036{padding-top: 50px !important;padding-bottom: 100px !important;}”][vc_column][vc_custom_heading source=”post_title” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal” el_class=”white-text”][vc_text_separator title=”Texto de Mágila Campos || Fotos de Arquivo SECOM/AC || Diagramação de Adaildo Neto” color=”white” el_class=”pequeno white-text”][vc_text_separator title=”Rio Branco, 6 de maio de 2018″ color=”white” el_class=”pequeno white-text”][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1521576300268{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=”white”][vc_column_text]Em uma manhã de quinta-feira, Gilson Cavalcante e José Willian assistem, atentos, ao professor de matemática ensinar a equação de segundo grau para a turma. Na sala ao lado, Ariel Mayllon espera ansioso a professora de português chegar à sala.
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O episódio poderia ser de um dia comum em uma escola de ensino básico, não fosse por um detalhe: as aulas estão sendo ministradas dentro de uma penitenciária no Acre, na cidade de Senador Guiomard.
E os três são presidiários e estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), modalidade de ensino ofertada pela Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) para alfabetizar pessoas que não estudaram na idade certa.
Na unidade penitenciária onde eles estudam, são atendidos 54 alunos, divididos no ensino fundamental I e II e ensino médio.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”335294″ parallax_speed_bg=”1″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row][vc_column][vc_custom_heading text=”Mais Direitos, Menos Grades” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Os estudantes que tiveram suas vidas cruzadas dentro de um sistema penitenciário têm outras situações em comum: eles foram vencedores, em 2017, do Concurso de Redação da Defensoria Pública da União (DPU), competição nacional voltada às pessoas em situação de privação de liberdade no Brasil.
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José Willian ficou em primeiro lugar, Ariel, em segundo e Gilson, em terceiro, em um concurso que tinha como tema “Mais Direitos, Menos Grades”. Foram 6.607 redações inscritas, sendo 5.044 de estudantes internos do sistema prisional brasileiro. O concurso foi dividido em cinco categorias e os acreanos venceram na quarta, que é para os candidatos privados de liberdade.
Conquistas que reacenderam as esperanças dos estudantes de transformar suas vidas por meio da educação. Hoje, todos sonham em sair do regime fechado e fazer uma faculdade para seguir profissões dignas e honestas do lado de fora das grades.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”335286″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1521579302032{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=” white”][vc_custom_heading text=”O recomeço por meio da educação” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]“Isso aqui foi um erro de caminho, mas eu estou vendo que ainda posso retomar o caminho certo. E a educação vai me ajudar nisso, porque o mundo é muito cruel com ex-presidiários, mas através da educação a gente pode mudar tudo”, conta Gilson.
Para Ariel, ter aula na penitenciaria representa a oportunidade de recomeçar. “Eu tinha largado tudo, larguei meus estudos com 14 anos de idade, e agora é uma chance de retornar não só para a sociedade, como para minha família”, diz.
![](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/DSC_5657-692x600.jpg)
E para conseguir se inserir de volta no convívio social ele aposta na educação. “Prova disso é a redação que eu passei. Porque graças ao ensinamento da minha professora eu passei em um concurso que tinha mais de cinco mil presos. O resultado me fez sentir que tinha capacidade, que o que eu almejar tenho capacidade de conseguir”, desabafa.
José, que ainda vai passar alguns anos presos e ficou em primeiro lugar na redação, já tem até projetos futuros. “Por isso que é bom escolas dentro dos presídios, porque o tempo que eu ainda vou passar aqui vai dá para terminar o ensino médio e fazer o Enem, porque pretendo fazer Letras ou Medicina quando sair daqui.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”335291″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1523554901098{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=”no-padding white”][vc_custom_heading text=”Amparo estatal” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Os sonhos dos três estudantes são na opinião dos professores, que lecionam no local, o que os impulsionam a transformar suas histórias e mostram a importância da educação em espaços prisionais.
![](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2018/04/DSC_5582-1-900x600.jpg)
“A educação aqui é o fio condutor que eles têm para mudar de vida, como é pra quem tá lá fora, mas aqui é mais forte, por que é tudo que eles têm, e sabem que isso trará mudanças profundas no pessoal, no social e no profissional”, destaca a professora Sâmia Lima.
Algo que segundo o professor Adalzemir Balica os estudantes têm consciência. “A educação nesse lugar é ainda mais importante do que lá fora, porque aqui a gente vê realmente a dedicação dos alunos para aprender. Eles não estão aqui apenas por estar, estão para aprender o que a gente tem a transmitir pra eles”.
[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row full_width=”stretch_row” full_height=”yes” parallax=”content-moving” parallax_image=”335292″ parallax_speed_bg=”1.2″][vc_column][/vc_column][/vc_row][vc_row css=”.vc_custom_1523554901098{margin-top: -100px !important;}”][vc_column el_class=”no-padding white”][vc_custom_heading text=”Ferramenta de ressocialização” font_container=”tag:h2|font_size:40px|text_align:center” google_fonts=”font_family:Fira%20Sans%3A300%2C300italic%2C400%2C400italic%2C500%2C500italic%2C700%2C700italic|font_style:700%20bold%20regular%3A700%3Anormal”][vc_column_text]Prova disso é que a EJA já funciona no complexo há seis anos e em cada um deles foram atendidos em média 50 estudantes. “O sistema prisional não se resume só em manter o reeducando preso para cumprir sua pena, mas também em prepará-los, para que ele possa retornar a sociedade com mais instrução e qualificação”, ressalta o diretor do presídio.
Isso explica o fato de todas as iniciativas que são desenvolvidas na área educacional da rede pública sejam também aplicadas nos presídios. “Acreditamos que o caminho para essas pessoas mudarem de vida é através da educação, porque eu não vejo nenhuma forma de ressocialização que não seja por ela”, frisa a coordenadora de ensino do Instituto de Administração Penitenciaria (Iapen) do Acre, Helena Guedes.
Raquel Santos, coordenadora pedagógica da SEE, responsável por acompanhar as turmas da EJA, diz que o programa vem para qualificar, inspirar e elevar sonhos. “Aqui eles estudam o mesmo que estudariam em uma escola regular, recebem material escolar e didático, tudo porque o governo acredita que a grande arma de transformação é a educação.”
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